ROTA DOS CANOS DE ÁGUA

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-----Eu bem queria!...mas ainda não estou fisicamente preparado...

"Desporto", só andando ou na cama...

-----Assim, em vez de ficar na cama, acompanhei o Gigantones e o Marito até Viana do Castelo, onde se encontraram com o Calhas, para um pequeno passeio de bike pela Serra de Santa Luzia.

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-----Depois de uma longa espera pelo Calhas, que vinha a pedalar de casa, algures em Ponte de Lima, qualquer coisa como 20km, uma espécie de aquecimento, lá partiram os 3 cromos para uma manhã de btt.

-----Enquanto isso, para ocupar o meu tempo lá fui para mais uma caminhada, com inicio no alto de Santa Luzia, junto do templo - Monumento do Sagrado Coração de Jesus, onde se encontra um painel informativo da pequena rota (PR9) dos Canos de Água.

-----Para tal, segui da Praia Grande até ao zimbório de Santa Luzia, na carrinha do gigantones, que antes teve de me dar uma explicação, para saber a utilidade de tantos botões...muita tecnologia para quem anda num chasso velho.

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-----Desta vez, fui para uma caminhada tendo previamente obtido algumas informações acerca do percurso na net, para saber o que me esperava.

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-----Mas, mesmo assim, só depois de ter iniciado o trajecto é que verifiquei que o estava a percorrer ao contrário das descrições na net.

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-----Sem surpresas para quem estava habituado as minhas crónicas, para trás nem pensar, muito menos neste trajecto, uma vez que se trata de uma rota circular.

-----Apesar de ter afirmado que tinha terminado as caminhadas por causa do encontro imediato com a cobra, achei que podia fazer este percurso sem sobressaltos, porque com tempo de chuva era pouco provável que alguma saísse da toca.

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-----A paisagem é fantástica no alto de Santa Luzia.

-----Logo de seguida cheguei a "citânia de Santa Luzia” (cidade velha), que já tinha visitado, por se tratar de um castro mais conhecidos do Norte de Portugal e um dos mais importantes para o estudo da proto-história e romanização no Alto-Minho, onde me cruzei com os três mancos.

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-----Continuei caminho ora em mato ora em asfalto, tendo sido apanhado no meio de um exercício militar, em progressão em terreno hostil de mato.

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-----Só visto...aqui o zequinha, feito turista a passar pelo meio dos militares devidamente camuflados.

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-----Por esta altura cheguei a pensar que ia ser atacado ou sofrer uma emboscada do inimigo.

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-----Pelo caminho cruzei-me com alguns cavalos selvagens, que rapidamente se afastaram, não permitindo as devidas fotos.

-----Depois da localidade de S. Mamede e da Azenha Velha, com uma queda de água, lá apareceram os canos de água, numa zona de mato, cujo o percurso se faz por cima deles, sendo possível ouvir a água no seu interior, proveniente das minas da serra, que continuam ainda hoje a abastecer depósitos de Viana.

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-----Deste modo, lá fui percorrendo o trilho, com sensação de seguir em cima de um muro, rodeado de arvoredo.

-----Uma experiência diferente dos trilhos anteriores.

-----Junto de dois arcos pedra - Arcos do Fincão, os canos continuam, mas o trilho segue agora fora deles, a subir por um estradão em mato, sob um sol quente, que me fez suar para chegar novamente ao alto de Santa Luzia, junto de um edifício abandonado.

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-----Apesar desta subida, que se evita se fizer a caminhada no sentido contrário do relógio, não existem grandes desníveis.

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-----O passeio não terminou sem uma segunda chuvada tropical, de dois minutos, para refrescar as ideias.

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Nome: PR 9 - Trilho dos Canos de água.

Local: Serra de Santa Luzia – Viana do Castelo.

Tipo de percurso: Paisagístico / panorâmico / histórico.

Distância: 10 Km.

Duração: 2h30 a 3h00

Grau de dificuldade: Baixo.

Pontos assinaláveis: Canos de água, S. Mamede, Aldeia velha, Alto do Frade, Citânia de Stª Luzia.

Marcação no terreno: Segundo as normas da FPC, cores amarela e vermelha.

O trajecto desenrola-se inteiramente em caminhos da natureza do domínio público.

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