27 março 2013

TRILHOS DO PALEOZÓICO


Depois da participação no Trilho dos Abutres e já refeito do valente empeno que levei, nada como arranjar novamente "lenha para nos queimarmos", o mesmo será dizer arranjar outro empeno valente, escolha essa que recaiu nos 43 km do Trilho do Paleozóico em Valongo.

A partida estava agendada para as 08H00, para os mais corajosos que se aventuraram na distancia maior, pelas 07H45 já estávamos dentro do pavilhão de Retorta a efectuar o controle zero, pelas 08H10 era dada a partida.


Parte inicial do percurso bastante acessível, alguns km por asfalto com o intuito de alongar o grupo com 300 atletas, de seguida entrada nas instalações de uma fabrica de Lousas de Valongo, aqui dava-se a entrada na terra e lama, para mim a primeira parte do percurso até +/- ao km 14 altura do segundo abastecimento foi a pior altura, apesar de ser a parte mais fácil do percurso, foi uma luta constante entre o desistir e continuar, depois de uma semana complicada de trabalho e com alguns problemas de saúde, o animo não era o melhor.


Depois da saída da Fabrica das lousas de Valongo, inicio da primeira subida que nos conduzia até ao alto da Santa Justa e primeiro abastecimento, de seguida iniciava-se uma parte muito divertida do trilho feita maioritariamente a descer por uns caminhos abertos pela organização, e eu a pensar que conhecia relativamente bem a Serra, não podia estar mais enganado.

Aqui a vontade era cada vez menor, mesmo a descer sentia-me fraco e sem vontade de correr e de sofrer, aqui a luta entre desistir e continuar era cada vez maior, mais um grande desafio psicológico, que de certeza que vai ser muito útil para outras andanças.

Depois de terminada a descida e de fazer-mos 3 pequenos picos estávamos novamente junto a um abastecimento na aldeia de Couce, aqui foi o momento da viragem, no que diz respeito a minha prestação, depois de uma paragem mais prolongada para poder comer alguns alimentos, decidi que iria continuar pelo menos até ao próximo abastecimento.

Aqui iniciava-se duas subidas a Pias e algumas delas bastante inclinadas, de referir que o tempo foi nosso amigo, contrariamente a todas as previsões meteorológicas não caiu pingo de chuva, chegando inclusivamente o sol a sorrir para todos os participantes, para os animar e dar força para seguir em frente.

Aqui comecei a ficar melhor tanto fisicamente como anímica  foi possível acelerar o ritmo e começar a ultrapassar alguns participantes, depois disto desapareceu a nuvem negra da desistência e apareceu o céu azul de terminar com sucesso a prova e assim foi até ao final, foi gerir para que não fosse alvo dos ataques das dores musculares, isto depois do que me tinha acontecido  nos abutres, depois de duas subidas a Pias, uma delas bastante inclinada, nada como ao Km 36 aparecer a ultima subida do dia que nos conduziria novamente até a Santa Justa, uma verdadeira parede extremamente inclinada, que me lembre nunca tinha feito nada assim, para fazer cerca de 1 km e pouco foram precisos, cerca de 25 min. para chegar ao talefe.

Depois disto estavam as maiores dificuldades ultrapassadas, faltava só fazer na parte final o mesmo percurso que tínhamos feito no inicio, faltava subir só mais um bocadinho, bocadinho esse que custou.


E passadas cerca de 07H00 estavam mais 43 km feito e mais uma ultra concluída, os meus companheiros que me acompanharam nestas aventuras também concluíram a prova com sucesso o Hélder Coelho correr como uma Lebre fez menos de 6h, o Pedro Barbosa em representação do Fluvial Portuense também fez 07H00 e por fim a Filipa Barata, foi fazer os 17 km que conclui em menos de 02H25.

Para mim a vitoria não foi por fazer os 43 km, foi concluir a prova e ter conseguido ultrapassar o estigma da desistência.

Sem sombra de duvidas que a mente é poderosa, mais importante que a parte física a mente se não estiver afinada temos um enorme problema para concluir qualquer tarefa com sucesso.


No que diz respeito á prova tudo cinco estrelas o percurso estava extremamente bem marcado, bons abastecimentos e muito bem distribuídos pela prova, sem sombra de duvidas uma prova que tem pernas para evoluir nos próximos anos.

Os meus parabéns a Organização.

Agora treinar para a próxima  ainda não sei qual é, mas se certo que vai ser um enorme desafio.

Leandro Costa
Ecobike Porto

20 março 2013

ALDEIA DA PENA


Depois de muitas horas e quilómetros percorridos no planeamento e organização do GEO BIKE CHALLENGE, voltamos a S. Macário, para mais uma visita,
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desta vez à aldeia da PENA, a mais pequena povoação do concelho de S. Pedro do Sul.


Hoje, o objetivo era para percorrer o CAMINHO DO MORTO QUE MATOU O VIVO, já que da ultima vez por engano em vez de descer e seguir o caminho correctamente acabamos
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por  subir e fazer escalada com a bicicletas as costas.
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Assim, por volta das 12h00 chegamos à aldeia de xisto, num vale profundo da Serra de São Macário.
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Como já conhecimos aldeia fomos diretos à adega típica do Sr. Alfredo Brito, para uma vitela assada no forno a lenha (ou cabrito, arroz de cabidela, feijoada, etc), 



mas esta ainda se encontrava encerrada.

vídeo da aldeia
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Aproveitamos para conversar com o
senhor António, dono da loja de artesanato e com a sua ajuda lá encontramos o senhor Brito, que tinha estado no campo de cultivo e atrasou-se a abrir o estabelecimento... 




mas logo nos deixou desconsolados pois, como não reservamos o almoço tínhamos que nos contentar com presento, queijo e broa...
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E foi assim que arranjamos forças para continuar a viagem.
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Devo dizer que, nenhum de nós sabia no que se ia a meter, além do óbvio, que seria um caminho de cabras.
Mas, como o proprietário do restaurante disse que não era nada de extraordinário...
ficamos mais descansados....
mas foi por pouco tempo.


Mal passamos a placa que assinala o caminho, andamos logo as arranhas à procura do trilho certo...e foi pela lógica que lá chegamos.
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Uns metros à frente chegamos a "porta" do caminho...




 fiquei logo encantado com o inicio do trilho, pela paisagem que se podia avistar, com Covas do Rio bem lá no fundo, com o ruído da água a correr, o ar que se respirava e as dimensões das escarpas de ambos os lados... o meu "habitat" natural...
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A natureza é espectacular!
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Mas, como nem tudo é perfeito, este caminho era tudo menos adequado para quem vai de bicicleta, por isso o Jorge só com um pé não achou piada nenhuma ...




Resumidamente foi carregar a bicicleta as costas ou empurra-la pelas pedras soltas, saltar de rocha em rocha...os cerca de 3km foram duros...
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Felizmente que fizemos o percurso no sentido descendente em direcção a Covas do Rio.

Relativamente à lenda ou versão contada sobre o caminho do Morto que matou o vivo, é explicada pelo fato de antigamente não existir cemitério na Pena e os mortos tinham que seguir por este caminho.
Numa ocasião o caixão era carregado por dois homens, tendo um escorregado, levou com o caixão e morreu.


Quanto ao nosso passeio seguiu por Covas do Rio e por outras aldeias onde andamos em reconhecimentos para o Geo Bike...



 veja aqui um pequeno resumo em vídeo do caminho



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10 março 2013

GEO BIKE CHALLENGE




Comentários dos participantes veja aqui

III TRILHO DOS ABUTRES



Miranda do Corvo



Depois da participação no Trail dos Amigos da Montanha, no mini trail  com cerca de 25 km e depois do bichinho ter pegado, eu (Leandro Costa) o Hélder Coelho e a Filipa Barata decidi-mos procurar um Trail com uma distancia superior no sentido de experimentar fazer um UltraTrail.


A escolha recaiu no Trilho dos Abutres – Miranda do Corvo, Trail integrante do circuito nacional de ultra Trail e classificado como UltraTrail muito difícil, seriam 45 km aproximadamente com cerca de 5000m de desnível (+\-) a Filipa optou pela distancia mais curta cerca de 20 km.

No entanto nesse momento nem sonhava-mos pelo que teríamos que passar para chegar ao fim, no entanto como não somos pessoas de virar a cara á luta lá partimos para a batalha.





Antes de tudo preparativos para a prova em causa, um pouco diferentes do que se passa no BTT, existindo algumas obrigações a cumprir, nomeadamente material obrigatório que seria necessário levar:

- CamelBak ou Cinto com recipiente (s);
- Manta de Sobrevivência;
- Apito;
- T
elemóvel;
- Corta –Vento;
- Frontal;
- Recipiente com capacidade para um mínimo de 15cl.

À ultima hora a organização resolveu esse problema com a oferta de uma caneca de plástico a todos, o frontal tornou-se essencial como vou ter oportunidade de explicar mais á frente.


Antes da partida existiu um controlo zero para a verificação do material obrigatório, verificação essa
 junto de cada atleta para verificar se possuem o material, pois a prova desenrolar-se-á em zonas que atingem os 950 metros de altitude, com temperaturas que poderão ser negativas, propícias à existência nevoeiros, gelo e queda de neve, logo esse material ser essencial no caso de algo não correr da melhor forma.



Nos dias que antecederam a competição as condições meteorológicas não eram as mais favoráveis, dias a fio a chover torrencialmente o que encheu o piso de agua e encheu também bastante as ribeiras, sendo inclusivamente necessário a organização á ultima da hora alterar o percurso, o que tornou ainda mais complicada a prova, mas miraculosamente os deuses do tempo estiveram no nosso lado e no dia o tempo esteve impecável para a prática da modalidade nem uma gota de agua e o sol chegou inclusivamente a aparecer.





Sem dúvida que existe um ambiente muito saudável nestas competições de Trail, ambiente esse que se verificou também nesta prova em particular, convívio e bastante entreajuda, entre todos.


A partida foi dada pelas 08H40, junto ao Pavilhão Municipal de Miranda do Corvo, parte inicial rolante e logo de seguidas subida ao Cristo Rei da região ainda dentro da vila, de seguida entrada no interior do parque biológico, percurso muito interessante rodeado de animais, passagem depois por umas pontes em Madeira sobre o rio Dueça, entrada logo seguida numa floresta muito serrada e em trilhos com muita lama e sempre acompanhado de linhas de agua, local chamado Vale Feijão, realmente neste local lama até ao joelho, progressão difícil, no final deste local chegávamos sensivelmente ao km 6.


Depois disto estávamos quase no 1º abastecimento que estava colocado ao km 9, abastecimento colocado em Vila Nova, aqui ia-mos iniciar a primeira ascensão do dia que nos levaria a subir até aos 915 m de altitude, depois do descanso, iniciou-se a subida sempre por trilhos muito técnicos e com uma inclinação muito acentuada, na companhia de ribeiras e levadas que tornou muito difícil a progressão, passagem ainda pelos moinhos de agua da aldeia do Giestal, aqui tínhamos atingido em 15 km. 


Mais ou menos a meia da subida tivemos uma parte quase em plano que permitiu descansar um pouco e que nos levou até á Barragem das Louçainhas, de seguida depois de mais uns km numa floresta muito arborizada, chegada ao Parque Florestal das Mestrinhas, estavam completados cerca de 18 km, neste local estava instalado o 2º abastecimento.

Iniciava-se de seguida a parte final da subida, subida extremamente inclinada que nos havia de levar até ao Ponto mais alto mais de 900 m de altitude e chegada ao Parque Eólico, aqui terminava o que mentalmente tinha definida como as primeiras duas subidas dignas de registo, e o cansaço também já se começava a instalar, até porque neste momento já seguia sozinho, visto que o Hélder já se tinha posto em fuga á alguns km atrás.





Iniciamos nova descida, parte mais acessível do passeio maioritariamente a descer ou em plano sem grandes dificuldades técnicas, até que entramos num corta-fogo extremamente inclinado, quando falo inclinado, digo inclinado mesmo parar era quase impossível, é inacreditável, mas que no entanto permitia observar Coimbra e no horizonte algumas serras, como a da Serra da boa viagem ou Caramulo, mesmo com aquele grau de inclinação a velocidade com que alguns participantes descem, até que a descida continuou ribeira a dentro, sempre a descer no meio da ribeira, descida fantástica, aqui neste momento fui presenteado pela passagem de dois corços (vulgo bambys) altura que vai ficar para sempre na memoria, no fim da mesma saída para o estradão, que fez a ligação á Pista de Downhill, pista extremamente inclinada, descida bastante técnica em single-track, depois disto, chegada ao Santuário da Sra. Da Piedade de Tábuas, onde se encontrava o 3º Abastecimento, aqui neste local existia um limite de tempo para passar no mesmo e poder progredir o limite eram 5 h, quando passei neste ponto tinha cerca de 4h de prova e 24km.




Mas tudo o que desce também sobe e nesta zona sobe mesmo muito, dávamos início á segunda ascensão a mais de 900m de altitude, nesta zona sempre a subir e muita difícil tração, em virtude de ser sempre feita a acompanhar a Ribeira da Sra. Piedade de Tábuas, e porque neste momento também nos começaram a acompanhar as câimbras e dores musculares, o que valeu é que o local em causa era absolutamente fantástico, visto que durante a subida fomos brindados com inúmeras quedas de agua que apesar da dureza tornaram o percurso agradável, local a voltar noutra altura com melhores condições físicas para poder desfrutar do mesmo ao máximo.

Depois disto uma parte mais plana e de seguida entrada num estradão e de seguida numa pista de downhill, o trilho apesar de ser a subir, era possível fazer o mesmo a correr, mas como as forças já não eram muitas o mesmo foi feito todo a caminhar no sentido de ir gerindo a débil condição física, e nova chegada junto ao parque eólico e fim da subida estava novamente aos 900 m de altitude, km 31 e 4º abastecimento.



De seguida inicio da descida, 1ª parte em estradão, de seguida um serpentear de uma floresta e em single – track sitio muito bonito, depois disto entrada novamente numa pista de downhill, mas desta feita a descer, descida técnica bastante escorregadia, interrogava-me como é que é possível descer aquilo de bicicleta se a pé já era difícil, mas se calhar a minha opinião estava a ser influenciada pelo cansaço acumulado e falta de oxigénio no cérebro, nesta descida novamente o serpentear o rio, atravessar o mesmo constantemente de um lado para o outro, pedras escondidas e piso bastante escorregadio, tornaram complicada a descida, sem que fosse possível relaxar ou descansar, nem a descer era possível descansar ou será que já estava cansado demais para conseguir descasar?

Chegou a um momento em que vi Gondramaz e pensei estou a chegar, mas o pior ainda estava para surgir, faltava ainda subir ao Penedo dos Corvos, subida muito intensa, muito técnica, agarrado a cordas, muita pedra para escalar e transpor, foi complicado mas quando cheguei a Gondramaz sensação de alivio estava feita a ultima subida digna de registo e mais um objectivo alcançado 2ª parte da concluída, aldeia característica toda em Xisto e totalmente recuperada, aqui estava mais um posto de controlo e o 5º abastecimento era necessário passar aqui no máximo com 8 h de prova, passei com 07H15 e 35 km de distancia, penso eu, está quase, enquanto saboreio um chá de limão bem quente, isto agora é quase sempre a descer, que enganado que eu estava porque cheguei a uma altura em que nem descer, nem plano, nem a subir a coisa estava a ficar complicada, e a luz a começar a desaparecer.



Depois de mais uns minutos no abastecimento a tentar recuperar, iniciou-se mais uma descida, descida muito técnica mas de estrema beleza, mas novamente essa sempre acompanhado pelo rio a descida foi sempre feita com constantes travessias do rio, progressão lenta mesmo a descer, em virtude de a tração ser fraca e discernimento e o controlo do corpo muito débil, mas neste momento já nada me travava em chegar ao fim quer fosse a correr ou a caminhar, apanhar a viatura de apoio é que não, tinha que conseguir, realmente isto é um desafio físico extremo, mas também psicológico, parênteses feito, cheguei á aldeia de Espinho, com mais de 40 km e cerca de 08h50 de prova aqui o limite para passar eram 09H30, aqui também se encontrava instalado o 6º e ultimo abastecimento, aqui neste local pouco parei fui informado que agora seriam cerca de 6/7 km para o final, metade em terra e a outra metade em asfalto, aqui neste momento já dava tudo para poder correr um bocado em asfalto mas lá tive ainda que correr mais 3 km em terra  e lama e fui obrigado a ligar o frontal, que não é nada mais nada menos que uma lanterna para colocar na cabeça e que jeito que deu, porque escureceu completamente, e assim foi mais cerca de 4 km em terrenos numa mistura de estradas agrícolas com caminhos agrícolas, e o trilho na parte final a acompanhar a levada de agua, e finalmente começo a ver a luz ao fundo do túnel o que o mesmo será dizer que comecei a ver ao longe umas luzes de uma estrada, o que significava estar próximo de Miranda, a parte final do percurso foi feita com outro companheiro que também se encontrava em dificuldades, mas  ambos com uma vontade imensa de chegar ao pavilhão municipal.




 Parte final feita maioritariamente por uma ciclovia no interior de Miranda do Corvo, e pórtico da meta á vista, mas sem antes nos obrigarem a subir um pequeno desnível para chegar ao pavilhão, e objectivo concluído cerca de 10h20 depois e uma alegria enorme por ter chegado ao fim, alegria essa mascarada no meio da minha cara de sofrimento.




Realmente vai ficar para sempre na memoria este dia épico, pela conclusão da 1ª Ultramaratona, depois de termos realizado apenas um mini-trail antes, depois pela beleza do percurso e espectacularidade que a zona tem para nos oferecer, pelo maior empeno que levei em toda a minha vida, nem quando comecei a andar no BTT fiquei assim e por ultimo que realmente a mente controla tudo o resto e que quando metemos um objectivo na nossa cabeça dificilmente somos vencidos, e que o corpo não tem limites, os limites somos nós que os estabelecemos mentalmente, salvo se existir algum revês de natureza física que não nos permita continuar, se assim não for, tudo é possível, basta acreditar e querer, são premissas para que seja possível atingir qualquer objectivo, sinto que saí mais forte psicologicamente depois desta conquista, fisicamente já não o posso dizer o mesmo, visto que fiquei muito desgastado, mas durante a semana já deu para recuperar e voltar aos poucos aos treinos.



O Hélder Coelho, terminou a prova em 08H40, também com um grande empeno.




A Filipa Barata, foi fazer os 20 km e terminou com 04H02 e fresca que nem uma alface.





Parabéns a nós os 3 por termos concluído a prova em causa.


Depois disto descansar e depois apontar baterias para o NGPS em Arouca, para que tudo corra pelo melhor.


Leandro Costa