10 novembro 2011

DIA DA CRIANÇA


-Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a:
- afecto, amor e compreensão;
- alimentação adequada;
- cuidados médicos;
- educação gratuita;
- protecção contra todas as formas de exploração;
- crescer num clima de Paz e Fraternidade universais.

A 20 de Novembro de 1959, estes direitos foram passados para o papel e foi legalmente aprovada a "Declaração dos Direitos das Crianças", um documento com um conjunto de leis sobre a protecção das crianças.



Era nossa intenção termos realizado hoje, a segunda edição da "Gincana na Escolinha", mas teve de ser antecipada uns dias.


O importante foi voltar à escola, mais uma vez a convite da Associação de Pais da Escola das Matas, em Vila Nova de Gaia, para em conjunto organizarmos a "2ª Gincana de Bicicleta".



Este ano o evento teve mais participantes, pelo que tivemos de dividir as crianças em dois grupos.







Os mais pequenos como necessitavam de maior atenção começaram pela gincana, enquanto os maiores vibravam com as corridas.




Posteriormente, trocaram de posições.



Evento gratuito, que demorou cerca de 2h00, em que as crianças se puderam divertir e sentir mais à vontade na utilização da bicicleta, em alguns casos a perder o medo e a sair dali cheios de confiança e vontade para pedalar mais vezes.


Para preservar a reserva da intimidade da vida privada e imagem das crianças publicamos aqui algumas fotos, tendo por opção desfocado as faces das crianças.


Dentro das nossas possibilidades pretendemos continuar a colaborar na organização destes eventos.

09 novembro 2011

TRILHOS DA NORA

Noticia atrasada - 16.10.2011

Ecobiker`s voltaram aos passeios dos Trilhos Vivos, em Ponte de Lima, para participar no GO70 – Trilhos da Serra da Nora, guiado por gps.

Assim, os “nossos atletas”

  • André
  • Carvalhal
  • Coelho
  • Couto
  • Daniel
  • Gil
  • Henrique
  • Leandro
  • Ricardo
  • Quelhas
  • Vítor Santos,
equipados a rigor dividiram-se em pequenos grupos, conforme os seus andamentos e aparelhos de gps disponíveis e fizeram o seu passeio/corrida.

O percurso decorreu em terrenos de dificuldade alta, como foi previamente, anunciado pela organização, com muita pedra solta e subidas duras, que só pararam no topo da Serra.

Um carreiro (single-track) duríssimo e com grande inclinação, a subir e a descer.

Apesar da inscrição ser gratuita não impediu a organização de oferecer agua, sumo, maças e bolachas como reforço.

De salientar a boa organização do grupo Trilhos Vivos, que deixou os participantes satisfeitos e à espera do próximo evento.

Relativamente à prestação dos ecobikers foi a mais diversa:

- os que foram para dar o seu melhor e obter a melhor posição final;

- os que circularam em grupo, esperando pelos que pedalam menos vezes e que foram afortunados com avarias e dezenas de furos pelo caminho, que os levaram a chegar tarde e a más horas ao fim, e

- aos que desistiram, para chegar mais rápido ao restaurante....lol



Apesar da opção que cada um fez, foi mais um grande dia a fazerem aquilo que mais adoram...


08 novembro 2011

TRAVESSIA PENEDA - SOAJO


LAMAS DE MOURO - LINDOSO

Vou aqui em poucas e breves palavras contar a história de mais uma travessia, daquelas em que o limiar da resistência física é levada ao red line (como eu gosto, portanto).

Assim sendo, acordamos de véspera, às 05H00 e às 06H00 eu, vitokorov, bombas e o Paulo já nos encontrávamos sentados nos bólides dos dois últimos, a caminho do Geres, essa bela zona do nosso Portugal.

Porque é que, sendo nós apenas quatro, levamos duas viaturas?

Porque os iluminados do Presidente e Vice tiveram a excelente ideia de deixar um dos carros no Lindoso e ir no outro para Lamas de Mouro, que dista cerca de 35/40 Kms e isto para quê?

Para no fim poupar esse esforço, ainda para mais porque o trilho idealizado pelo Vice ter cerca de 120Kms, sim… sim, coisa pouca, o homem está em forma, esquece-se é que eu pertenço aos para-olimpicos.

Se assim o pensamos, melhor o fizemos e às 08H30 chegamos ao Lindoso, onde nos preparamos, carregamos as bikes na Kangoo do Nuno e as bestas do Presidente e Vice e lá fomos serra acima… eis que surge o primeiro contratempo…


O Nuno pôs-se a galgar Kms serra acima e quando demos por ela (bem, eu não via nada, porque estava era atento, para não levar com uma bike em cima), estávamos em Espanha, quase na fronteira com a França…

resultado imediato deste engano, quase vomitava o frango e o frisante que ainda nem sequer tinha comido…

Isto promete…

Com estes percalços chegamos a Lamas de Mouro, aí por volta das 10H10 e saímos em cima das bikes às 10h40… após foto da praxe.

Paisagem deslumbrante, apesar do clima não ter sido muito amigo da malta e estar bastante carregado de nuvens, pese embora não chovesse…


começamos aquecer por 2km em estrada


mas primeiro foi necessário acertar os gps, por causa do nevoeiro...lol, ou não fosse o vitokorov seguir por uma grande rota pedestre que ali passava...

iniciamos a subida em estradão com destino ao parque eólico do Alto-Minho,

com passagem pela aldeia de Travassos, onde ainda conseguimos perguntar o nome da aldeia a uma senhora, por quem passamos e que foi o último vestígio da espécie humana que vimos na travessia quase toda.

A saída da aldeia fez por um carreiro entre campos com alguma pedra, um sinal do que nos esperava.

Após chegada ao alto da serra da Peneda, permanecemos dentro das nuvens e isso impediu-nos de desfrutar da paisagem à nossa volta, que se adivinhava deslumbrante…


fazendo lembrar aquela música da claque sportinguista “só eu sei porque não fico em casa”…

Após a foto no topo da serra, iniciamos uma ligeira descida, por uma estradão cheia de pedra, mas que não impediu o vitokorov de passar a voar com Lapierre.

e assim foi correndo a manhã e princípio da tarde, sempre no Planalto da Peneda e do Soajo, com trilhos espectaculares e de dificuldade técnica muito elevada (muita pedra), que faz a as delicias do Vice, mas que é o terror do meu tornozelo.



Passamos pelos tradicionais cavalos garranos, característicos desta região e que não nos ligaram nenhuma pois estavam a comer

e eu até pensei que estava em vila do conde, pois passamos também por umas digníssimas espécimes bovinas que deambulavam na serra (isto até para ser vaca é preciso ter sorte) …

Aos passarmos por um riacho de água límpida e cristalina o nosso vice sentiu o apelo da mãe natureza e não saiu de lá sem se agachar atrás de uma arbusto e aliviar a tripa,

poluindo de seguida o curso de água, com uma lavagem demorada das hemorróidas… ainda tentei documentar fotograficamente o momento, mas pensei melhor e não quis estragar a qualidade desta crónica.

A descida custou-me mais que a subida, isto porque, existiam muitas pedras, pedrinhas e calhaus mesmo no trilho, que obrigava mesmo a desmontar em alguns troços (ai o meu tornozelo)

nota positiva, deixamos de andar dentro da nuvem e pudemos desfrutar das magníficas paisagens, que apetece aprisionar e emoldurar dentro da nossa memória.

E assim, quase que sem dar pela passagem do tempo chegamos ao Mezio,

onde existe o parque de campismo de Travanca e um parque interpretativo do parque natural, o qual visitamos e fomos atendidos por umas amáveis e esforçadas senhoras que tiveram que suportar o bombardeamento do vice com perguntas sobre as rotas pedestres daquelas serras, que para além disso ainda teve o descaramento de regatear o preço de um mapa, ao nível de qualquer peixeira do mercado do bolhão.

Depois desse episódio lá descemos já em estrada até à aldeia do Soajo, em direcção não só à aldeia, bem como a um arco-íris, que parecia dar-nos as boas vindas aquele lugar, onde por sinal, ainda não tínhamos estado.

Na descida da serra o caminho continuava por um carreiro, para não varias com pedra solta, e como estava a chover intensamente, daqueles aguaceiros que nos molha até aos ossos e o frio começava a fazer mossa, decidimos parar o primeiro tasco da aldeia que vimos aberto (Casa do Povo).


e onde aproveitamos para reabastecer o depósito com alguma coisa quente (não… não… não foi frango e frisante… foi mais sande mista e galão… pois…)

O Vice lá nos empurrou até aos espigueiros

e ao pelourinho do lugarejol,

onde sacamos as fotos da praxe e o tempo já urgia… tínhamos ainda 9 kms a percorrer para chegar ao carro no Lindoso, isto se fossemos pelo caminho mais curto…

mas como nós só ali fomos ver a bola, decidimos dificultar a coisa e assim descemos quase até ao nível do mar (50 metros) e depois subimos 400 metros em altitude até ao Lindoso em 16 kms (mais 7 kms que a informação obtida junto de um nativo) de distância…

só quando passei ao largo da barragem do alto Lindoso é que percebi que descemos em vão, pois havia estrada e travessia na dita barragem… que podíamos ter usado, enfim, coisas de prós…

Mas o episódio mais caricato estava ainda guardado na manga… assim após um súbito desaparecimento do Vítor, pois ninguém conseguia acompanhar o seu excelente desempenho e já quase a chegarmos ao destino.

eis que o Nuno já com a língua quase a chegar-lhe aos pés se lembra de fazer uma inocente pergunta…

Paulo tens aí a chave do teu carro, não tens? Resposta do Paulo: eiiiii deixei-a ficar na carrinha em Lamas de Mouro… silêncio… pesar… eram quase 40 kms… sempre a subir… tá bem, eram por asfalto… mas a subir…

o que nos valeu foi o táxi da vila, que levou o Nuno e o Paulo até à carrinha, deixando o vice a fazer bike testes no mais completo breu e eu sentado no café do lugarejo a beber umas minis… tinha que ocupar o tempo… passada hora e meia lá apareceram eles com os carros.

Trocamos a roupa ainda molhada no cafezito (simpatia do proprietário), onde esperamos e o dono também, pois só já lá estávamos nós…

montamos as bikes e sacos nos carros e ala moleiro para o Porto, onde chegamos pelas 21H30, cheinhos de fome de comida, mas com a nossa alma fartinha de satisfação…

afinal de contas, durante o resto da semana sobraram-me ainda seis dias para comer, posso por isso passar um deles a curtir outras coisas…

Não quero terminar este relato sem deixar aqui uma palavra de incentivo e agradecimento aos nossos companheiros de aventura, Nuno e Paulo, que se portaram ao mais alto nível e encarnaram na perfeição o espírito destes passeios, fazendo-me a mim parecer amador… já posso pensar em reforma, pois ela não deve estar longe…

Jorge Almeida

Gigantone