28 setembro 2010

MEALHADA - FÁTIMA

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O GANG voltou-se a reunir para dar continuidade ao passeio pelos caminhos de Santiago, mas no sentido contrário, ou seja depois presidente e o vice-presidente terem feito V.N.Gaia - Mealhada, num dos dias mais quentes do ano, tendo para isso bebido 10 garrafões de água, tal era a temperatura no meio do monte.
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Assim, esta etapa, teria dois significados: dar continuidade à travessia até então efectuada e outro um significado pessoal e religioso, ou seja, em virtude do acidente ocorrido ao Vitokorov, que estava neste dia marcada a sua cirurgia, ficando assim combinado quando chegássemos ao Santuário, colocarmos um vela pelo nosso amigo, pedindo ajuda divinal nesse dia difícil da sua ida.

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Depois de malas aviadas, partimos pelas 07H30, fazendo parte do pelotão, o Presidente (J. Almeida), Tojo (Vítor Santos), Márito Miragaia (M. Almeida) e o kiko (H.Santiago), em direcção à Mealhada, para início da travessia.
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Depois de barriguinha cheia, pois claro, porque este pessoal não se alimenta de barras, lá metemos “rodas” a caminho.
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Face ao calor existente, e em virtude de o caminho ser maioritariamente no meio do monte, um dos principais problemas foi ao nível da água, pois sentimos muitas dificuldades em encher os “bidons”, que mais pareciam estarem todos furados.
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Milagrosamente no meio do nada, encontramos um livraria, que simpaticamente a sua responsável, os encheu, aproveitando esta altura para “sacar” umas nozes e figos ao Kiko, que religiosamente leva nos nossos passeios.
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Por esta altura recebemos a notícia que a cirurgia do Vitokorov tinha sido adiada sem data marcada, continuando contudo concentrados no objectivo que anteriormente tinha sido traçado.
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Claro que houve tempo para as fotos da praxe, desta feita, no famosíssimo Portugal dos Pequeninos – Coimbra, onde em tempos fiz segurança à porta, onde eu era um “bicho” autêntico, tendo em conta o “cabedal” que tinha e as pessoas que o visitam.

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---Dali seguimos até as ruínas em Conimbriga.
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Por estas andanças já o Mário perguntava, “Quantos kms faltam até Fátima???”, pergunta esta que fez dezenas de vezes ao longo do dia, já que esteve sempre atento, para poder atacar na recta da meta e ganhar assim o spint e levar a camisola branca.
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Já com cerca de 60Km efectuados e com uma boa porrada nas pernas, encontramos um restaurante, que na altura pensei ser uma miragem, aproveitando de imediato para uma pausa para uma alimentação mais consistente, tendo o pessoal optado por bifes com cogumelos, tendo o presidente, para ser diferente, escolhido Bacalhau, refeição facilmente digerível, para fazer os restantes 80km.-

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Aqui, já os elementos do “carro vassoura”, compostos pelos habituais Narciso e Mendes , estavam em constante contacto telefónico, para aferirem a nossa localização, mas como o nosso “índio” de serviço era o Gigantone (S. Jorge), tudo seria de esperar.
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Deu para sentir a força dos fogos e a destruição que conseguem provocar, passando por autenticos locais, todos pintados de cinzento e preto...muito triste..., onde junto a Penela, num single-track e com muita admiração nossa, o Rio Corvo encontrava-se seco, exitindo apenas terra e pó, em vez de água.
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A determinada altura e quando fazíamos uma passagem por uma residência, no meio do nada, 4 crianças encontravam-se a brincar numa piscina, e mal nos viram, em coro começaram a dizer “estão perdidos, estão perdidos”.
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Das duas três, ou aqueles miúdos nunca viram naquele local malucos de bicicleta, ou estávamos mesmo perdidos, e aí então estava na altura de tirar o escalpe ao “índio”.
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Já com 90km nas perninhas, fizemos uma breve paragem num café, para o Kiko, derreter uma grade de águas com gaz, pois o almoço tinha “caído” mal, sabem porquê????? Acertaram, ele tinha enchido as velas de cerveja e depois não se aguentou das canetas.
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Já com a noite a cair, a fome apertar e as pernas a fraquejar, sabíamos que o bom ainda estava para vir, ou seja, subir a última parede até ao Santuário.
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Com muita força e sacrifício, pelas 20H00, chegamos ao objectivo final, ou seja o Santuário de Fátima, onde cada um teve oportunidade de na sua crença e devoção, fazer o seu momento de retiro espiritual, que aquele local propicia.
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De seguida fomos pedir autorização ao Posto da GNR de Fátima, que prontamente nos cederam as instalações para tomarmos banho e assim prepararmos para a fase seguinte, ou seja o jantar, que estava programado para ser na Mealhada.
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Em virtude de ter esquecido dos calçoes no carro do Kiko, que estava estacionado na Mealhada, fui obrigado a sair do mesmo, de cuecas, contudo foi devidamente disfarçado, pois mais parecia uns calçoes curtos.
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Depois de muita discussão, o que é normal no grupo, foi decidido jantar por Coimbra, prevalecendo a vontade doo ao kiko, especialista em gastronomia e conhecedor dos melhores 10 restaurantes do país.
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Diga-se de passagem que comemos muito bem, o Kiko nunca se engana, fartando-me de comer Picanha.
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Demoramos assim para efectuar os 140 Km entre Mealhada e Fátima, pelos Caminhos de Fátima, cerca de 11H00, ficando para a posteridade as fotos e amizade, e, desta feita também o dever de missão, que une este grupo e esta Equipa – ECOBIKE.
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"Só eu sei porque não fico em casa"
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-Ass. TOJO
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4 comentários:

Anónimo disse...

Fantástico passeio...toda a verdade foi relatada na pormenorizada crónica do Tojo... passeio muito duro mas com agradavel companhia, pois se não fosse o Mario Almeida a perguntar quantos km faltavam para chegar a Fatima o passeio acabava mais depressa...so o Gigantones é que me compreende, para nas tascas todas para beber umas águas e ele uma coca-cola...
ab a todos
kk

Anónimo disse...

fico feliz com o tojo ter finalmente encontrado um trabalho à sua altura!

Anónimo disse...

EI MANO UM CARTOON ALTAMENTE MAS ISSO JÁ NÃO VAI LÁ COM A TROCA DOS CHIPS TEM DE SER UMA CABEÇA NOVA.
ANDA MAS É TRABALHAR
EM QUE ESTARIAM A MEDITAR OS HOMENS DE AMARELO.......................

tojo disse...
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