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------------História
-----A Linha do Vouga foi inaugurada a 23 de Novembro de 1908 por D. Manuel II, correspondendo ao compromisso assumido pelo pai, o rei D. Carlos, assassinado em 1 de Fevereiro desse ano.
-----O primeiro troço ligava Espinho a Oliveira de Azeméis em via estreita. Posteriormente, continuaram a construção da linha até Viseu e daí para Santa Comba Dão onde ligava à Linha da Beira Alta (linha internacional, que liga o porto da Figueira da Foz à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso).
-----Em 1990 foi encerrado o ramal entre Sernada do Vouga e Viseu.
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-----Pelas 09h26, apanhamos o comboio na estação Espinho - Vouga (que fica a cerca de 800 metros da estação da CP de Espinho), que se encontra encerrada, sendo os bilhetes comprados ao revisor no interior da carruagem.
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-----Facilmente se percebe o porquê do comboio só funcionar apenas duas vezes por dia, uma pela manhã e outra pela tarde, pois apenas seguiam viagem quatro passageiros.
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-----Por se tratar de um comboio regional com paragens em todas as estações e apeadeiros, num total de 26, a viagem tem a duração de 2h10.
. -----Para tornar este comboio mais lento, em Oliveira de Azeméis, entra no comboio um funcionário da Refer, o manobrador, que veste de verde e tem como missão abrir e fechar cancelas das passagens de nível sem guarda. Ou seja, o comboio pára e o manobrador sai, com a manivela na mão, para fechar a cancela. O comboio arranca e pára novamente, à espera que a cancela seja aberta e o manobrador entre. Este é um processo que apenas se efectua entre a localidade acima mencionada e Sernada do Vouga.
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-----Ao longo das estações foram poucos os clientes que entraram no Vouguinha, a excepção na localidade de Santa Maria da Feira, onde a carruagem encheu de passageiros da Universidade Sénior, que iam em passeio organizado pela Câmara daquela localidade até ao fim da linha, onde os esperava um piquenique e regresso de camioneta. .
-----Desta forma, o passeio passou a ter um ambiente mais familiar, com as conversas e risadas dos "seniores" e as perguntas que nos iam fazendo acerca da viagem e do nosso passeio de bicicleta.
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-----Com o aproximar de Sernada do Vouga, a paisagem foi mudando de urbana para o eucaliptal da Serra da Gralheira.
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-----Finalmente lá chegamos ao destino, já mortinhos por começar a movimentar as pernas.
. -----Na estação que em tempos já teve outra importância, encontram-se ainda dois comboios, abandonados à espera do abate (julgo eu), todos pintados de grafites. .
-----Depois das fotos da praxe e de dois dedos de conversa com o maquinista, foi hora de começar a pedalar.
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-----De salientar que das 3 viagens que fizemos este ano de comboio encontramos sempre funcionários simpáticos e interessados pela modalidade, pelo que não é de estranhar que alguns funcionários da CP tenham formado um grupo para praticar btt.
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-----Uns metros depois da estação e já percorríamos um trilho em terra, sem qualquer dificuldade técnica, nem desníveis, que seguia ao longo do rio Vouga. -----A seguir saímos para o asfalto para entrar na cidade de Albergaria-a-velha, onde percorremos algumas centenas de metros, até encontrar o caminho que nos fazia sair da cidade e entrar no mato.
-----Este trilho devia pertencer a algum passeio ou maratona ali efectuado, pela quantidade de setas amarelas marcadas no pavimento.
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-----Com o desenrolar dos quilómetros a minha bike foi dando sinais que não se encontrava bem de "saúde", já não era só o facto das velocidades estarem todas desafinadas, havia ali mais qualquer coisa...
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-----Por isso aos 16km abandonamos o trilho e a terra batida, para voltar à estrada, em direcção a Angeja.
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------Assim, que entramos na localidade, numa pequena subida a minha maquina foi-se e simultaneamente o pneu de trás da bicla do Marito furou (20km).
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-----Rapidamente trocamos a câmara, enquanto avaria na minha bike que parecia mais complicada não dava reparar, porque não tínhamos ferramenta para apertar uma pedaleira.
-----Como as pedaleiras se encontravam ao mesmo nível a alternativa era apanhar o comboio em Cacia e regressar a Espinho ou tentar encontrar uma loja de bicicletas e verificar se havia solução para o problema.
-----Mas até lá só podia pedalar com uma perna e contar com ajuda do Mário para me empurrar.
-----Foram apenas 6km até encontrar uma loja aberta e para minha sorte apenas os parafusos da pedaleira se encontravam desapertados.
-----Como já eram 15h00 fomos almoçar, seguindo a indicação do sr. Jorge, o garajeiro que reparou a bicla.
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-----Daqui seguimos pelas margens do rio Vouga, que corre paralelamente à fabrica da Portucel, conhecida mundialmente pelo cheiro nauseabundo que liberta.
-----Aos 43km chegamos a estrada nacional 109, acabando dessa forma o prazer de pedalar longo dos carros e do inevitável barulho.
4 comentários:
mais um evento reservado aos especialistas.
Ass. JP Leite
Os ditos especialistas nem se dignam a responder à provocação. Que falta de sangue na guelra.
Ass. JP Leite
Meu bom amigo leitinho...estes passeios não são feitos por convites, vasta haver alguém interessado e com disponibilidade para andar de bicicleta e se me convidar, eu arranjo logo um local novo para irmos pedalar e todos são sempre bem vindos.
Abraço
deixa-te de coisas e aparece o marca tu passeios.
ass. vitor silva
o Mário Almeida ficou bem na fotografia, em que está no meio da Ria (ou pântano), pena foi ter ficado a olhar pro lado!!!!!!!!!!!!
Ass. jorge almeida
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