11 abril 2013

ROTA DAS AMENDOEIRAS


Apesar de todas as previsões apontarem para um fim-de-semana de chuva, não desistimos do nosso passeio temático às amendoeiras em flor.



Local escolhido para a volta de bicicleta a Região do Douro Vinhateiro, precisamente a Vila de Foz Côa.


Assim, decidimos utilizar o comboio para deslocarmo-nos da Invicta até o fim da linha no Pocinho.


Sempre que possível utilizamos este meio de transporte para chegar aos locais pretendidos, por várias vezes para a região do Douro, mas desta vez seriam mais uns quilómetros de viagem.



Ao principio (07h30) quase que ficávamos em terra, porque o comboio ia quase com todos lugares ocupados, e com uma composição extra, destinada a um grupo de turistas que se deslocavam ao Douro (Régua e Pinhão),


e outros ainda com o mesmo objectivo que nós, às amendoeiras em flor, mesmo sendo o ponto alto o mês de Fevereiro.


Mais uma vez encontramos um revisor da CP acessível, que rapidamente resolveu a situação... 

Sobre carris percorremos quase 200 km, entre vinhedos, socalcos e fragas, sempre com o rio Douro ao nosso lado.
 


Do Tua para a frente o percurso junto ao rio torna-se imponente, especialmente quando o vale estreita.

Pelas 10h30, na estação do Pocinho foi tempo de guardar no gabinete do chefe estação os sacos com roupa, para trocar no fim antes do regresso.

Trinta minutos depois saímos da estação e com era sempre a subir até Foz Côa, cerca de 8km, optamos por seguir por estrada.




Pelo caminho uma paragem forçada para reparar uma pequena avaria e para fotos no centro de Foz Côa.

Depois, foi seguir o trajecto delineado, que nos levaria à linha de comboio do Douro, cujo troço do Pocinho a Barca d`Alva foi encerrado no dia 18 de outubro de 1988.





panorâmicas de sonho do rio Douro e vales do Douro Vinhateiro - Património Mundial.



ruínas da estação do Côa,

 







 passagem pela velha ponte do caminho de ferro
 

Eu bem gostava de continuar pela linha até Barca d`Alva, mas hoje o destino era outro e tinha sido bem definido, porque o tempo era pouco para grandes aventuras.

Por isso, saímos da linha logo após a ponte, circulando entre as vinhas....




 e as amendoeiras já com pouca flor

 
o caminho foi sempre em estradão largo, por entre vales, 


     

até chegar à aldeia de Castelo Melhor, onde queria conhecer as ruínas do seu castelo.




 Mas, a pedido de várias famílias fomos logo para o tasco da aldeia, para comer uma sande.

Contudo, como estava na hora do almoço, a sande acabou por ser bacalhau de faca e garfo...



Depois de bem alimentados, nada melhor que um curto sprint para vencer a inclinação da estrada que nos levava ao castelo.


 A visita foi curta porque o interior era despido de qualquer motivo de interesse e a paisagem também não era nada de extraordinário...




 Aldeia vista do castelo




 Daqui para frente foi sempre a descer até o rio Côa, onde se encontra um núcleo de gravuras rupestres, nas lajes de xisto, junto ao troço final do Côa e de alguns dos seus afluentes.



 É claro que sabíamos que eram guardadas por um vigilante e que as visitas tinham de ser marcadas no centro, com viagem até os locais de jipe e com guias, etc...
 
enfim sabíamos tudo e mais alguma coisa, mas o nosso objetivo não era fazer uma visita, porque não tínhamos tempo,

porém o quando elaborei o trajecto não pensei que todo monte em volta do núcleo das gravuras fosse todo vedado com rede e que não nos deixassem passar.

Felizmente, que o vigilante tinha mais bom senso que as funcionárias do parque e lá nos deixou passar, para evitar voltar para trás e fazer uma longa subida....
Acabamos por entrar no trilho mais à frente.
Para isso, subimos por uma calçada

saltamos a vedação, com conhecimento do funcionário          


 O estradão continuou sempre igual, desta vez a subir até aldeia de Almendra
 
 
 Aldeia pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa e tem origens remotas, provávelmente na Idade do Ferro (1000 a.C).

Igreja Matriz de Almendra - com a inscrição 1565 em cima da porta principal.



Pelourinho - sinal que outrora a vila foi sede de concelho.

 

Capela Nossa Senhora da Misericórdia - de características neo-góticas (1571).

 


Casa de Almendra ou dos Viscondes do Banho - de estilo barroco, mandada construir em 1743, possui dois andares, sendo o superior para habitação e o inferior de armazém e consultório do Dr. Alexandre Luna Caldeira. 


 

Couto a por a conversa em dia...


 

daqui para a frente foi um contra relógio de quase 15km até a estação de Pocinho, especialmente os últimos 8km sempre a descer.

Só desta forma foi possível não perder o comboio ... e por cinco minutos...

Deste modo, não tempo para banhos...felizmente o comboio ia quase vazio, ou fugiram todos para outra carraguagem devido ao cheiro...

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