Voltamos à Grande Rota 22, denominada de Rota das Aldeias Históricas.
Desta vez escolhemos a etapa Sortelha - Almeida, distância de 88km, com desnível acumulado de subida de 1145 m.
Uma jornada longa, mas tranquila em termos físicos e técnicos.
Ao contrário das outras etapas optamos por percorrer a rota no sentido contrário ao relógio, porque no final o regresso ao Porto seria mais rápido de Almeida, dado ficar a poucos quilómetros da A25.
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Assim, pelas 11h00, arrancamos de SORTELHA.
Situa-se num esporão granítico dominante, entre o cabeço de São Cornélio e a Serra da Opa, a uma altitude de 786 m.
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Deste modo, permitia vigiar e prevenir as invasões inimigas (45km de Espanha).
O topónimo da povoação deriva de um anel, Sortija ou Sortela, utilizado num jogo medieval, no qual os cavaleiros tentavam enfiar a sua lança.
Ou Sortel - um anel de pedras com poderes especiais, semelhante ao anel das feiticeiras.
Por outro lado poderá estar relacionado com o formato circular / ovulado do aglomerado urbano.
O facto de os terrenos de Sortelha não serem muito férteis poderá ter originado a denominação Sorticula, sorte pequena.
Pelourinho - construído em 1510, após D. Manuel I lhe ter confirmado o foral.
Castelo construído em 1228, com uma torre de menagem de planta quadrada, no centro do recinto.
Possui duas portas: a Porta do Castelo e a Porta Falsa. A primeira apresenta balcão com mata-cães e as armas reais de D. Manuel I, com esferas armilares.
Possui duas portas: a Porta do Castelo e a Porta Falsa. A primeira apresenta balcão com mata-cães e as armas reais de D. Manuel I, com esferas armilares.
Assim que iniciamos o passeio fomos logo perseguidos por uma fera, que por pouco não agarrou um pé a um manco.
As primeiras pedaladas foram em asfalto, ligeiramente a subir, até entrar num trilho largo de cerca de 2,5km de terra batida.
Passagem pelo meio da pequena aldeia de Urgueira, para o presidente assinalar a sua presença no sino da igreja.
Mais um pequeno trajeto de asfalto e já conseguíamos ver a torre de menagem na sede de concelho.
Depois de atravessar a ponte sobre o Rio Côa,
subimos ao Largo de Santa Maria, num planalto, onde foi construído o castelo, talvez entre os séc. XII-XIII.
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subimos ao Largo de Santa Maria, num planalto, onde foi construído o castelo, talvez entre os séc. XII-XIII.
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Paragem para sessão fotográfica junto da Fortaleza de arquitetura gótica com um perímetro amuralhado de cinco torres de planta quadrada, entre os quais a torre de menagem de planta pentagonal, única em Portugal.
Torre do Relógio ou Torre Sineira -
edificada no séc. XIII, integrada na linha de muralhas que circulava a vila.
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edificada no séc. XIII, integrada na linha de muralhas que circulava a vila.
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Sabugal foi uma praça-forte importante da linha defesa fronteiriça, defendendo este território raiano em parceria com os castelos de Alfaiates, Vila Maior, Vila do Touro e Sortelha.
Pelourinho -
estaria colocado frente ao tribunal e a porta da vila.
estaria colocado frente ao tribunal e a porta da vila.
Foi demolido em 1979, devido ao alargamento da praça, encontrando-se alguns dos seus fragmentos na Câmara Municipal.
Seguiram-se alguns quilómetros de estradão,
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Uma pequena igreja escondida na vegetação
Pelo caminho passamos pela aldeia do Soito,
de grande tradição na capeia raiana, antigamente englobada nas antigas redes de contrabando.
ALFAIATES - (37km)
Aldeia cuja origem se perde na memória dos tempos, situa-se sobre um elevado outeiro, a 12 quilómetros a este do Sabugal.
Aldeia cuja origem se perde na memória dos tempos, situa-se sobre um elevado outeiro, a 12 quilómetros a este do Sabugal.
A toponímia deriva de Alchaeata ou Al-Chait, termo árabe e nada tem a ver com os homens que exercem a profissão de fazer fatos. (infelizmente mais um monumento encerrado).
O portal é encimado pelas armas reais.
D. Afonso X de Leão terá conquistado a vila aos muçulmanos e ter-lhe-á atribuído o nome de Castillo de La Luna.
O nome árabe foi retomado por D. Dinis, quando em 1297, lhe atribuiu foral e edificou o castelo.
Castelo de Alfaiates -
foi construído em local onde terá existido um castro da época pré-romana.
Em 1811 desempenhou papel fundamental no desenrolar das invasões Francesas.
Igreja Matriz - séc. XVII
Pelourinho
Marco jurisdicional, trata-se de um exemplar renascentista de pinho cónica, com seis degraus octogonais, coluna de fuste circular, capitel de secção circular, com 4 ornatos em forma de gárgula tubular, coroada com bandeirola em ferro.
Marco jurisdicional, trata-se de um exemplar renascentista de pinho cónica, com seis degraus octogonais, coluna de fuste circular, capitel de secção circular, com 4 ornatos em forma de gárgula tubular, coroada com bandeirola em ferro.
Igreja da mesiricórdia -
Séc. XIII - XIV, o templo mais antigo da povoação, de estilo românico-gótico de planta longitudional, de nave única, com dois arcos torais de volta perfeita (encontra-se fechada).
Séc. XIII - XIV, o templo mais antigo da povoação, de estilo românico-gótico de planta longitudional, de nave única, com dois arcos torais de volta perfeita (encontra-se fechada).
Depois foram cerca de 15km de terra batida, com vento forte de frente, que tornaram este troço desagradável e sem fim à vista.
De Freineda, passamos por cima de um viaduto, sobre a linha de comboio, entrando num estradão, a descer cerca de 4km, em direção ao Rio Côa
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fomos dar a um pontão em pedra,
que do outro lado acabava na vegetação densa e rodeada por água
pelo que tivemos de voltar atrás e encontrar outra passagem...
Mas só molhando os pés.
que do outro lado acabava na vegetação densa e rodeada por água
pelo que tivemos de voltar atrás e encontrar outra passagem...
Mas só molhando os pés.
Subida de 2,2km até o castelo,
a inclinação era tão acentuada que o André arrancou o pedal com a força.
a inclinação era tão acentuada que o André arrancou o pedal com a força.
CASTELO MENDO
Possuidora de grande valor histórico, sendo envolvida por muralhas medievais e com vários edifícios que tiveram funções religiosas, militares e administrativas.
Portas da Vila -
estilo gótico, onde se encontram encostados, os berrões, duas figuras zoomórficas, monolíticas e de origem celta, que se pensa serem porcos ou javalis.
estilo gótico, onde se encontram encostados, os berrões, duas figuras zoomórficas, monolíticas e de origem celta, que se pensa serem porcos ou javalis.
Castelo -
românico-gótico, situado num cabeço a 762 m de altitude.
Na sequência do terramoto de 1755, referem a existência de muros fortes e de oito torres arruinadas.
românico-gótico, situado num cabeço a 762 m de altitude.
Na sequência do terramoto de 1755, referem a existência de muros fortes e de oito torres arruinadas.
No séc. XIX, com as Invasões Francesas e as Lutas Liberais, a estrutura defensiva entrou em processo de ruína.
Paragem no único tasco da vila...infelizmente comida nem vê-la.
Pelourinho -
com 7 m de altura é um dos mais altos da Beira.
Data do século XVI, tem coluna octogonal e é encimado por um capitel.
O remate, em gaiola, é ligado por colunelos e tem uma base oitavada.
com 7 m de altura é um dos mais altos da Beira.
Data do século XVI, tem coluna octogonal e é encimado por um capitel.
O remate, em gaiola, é ligado por colunelos e tem uma base oitavada.
Igreja de Santa Maria do Castelo -
(1299) apenas restam as ruínas desta igreja românica, de planta longitudinal composta, com sacristia adossada à capela-mor.
(1299) apenas restam as ruínas desta igreja românica, de planta longitudinal composta, com sacristia adossada à capela-mor.
Não podemos escapar a paz que nela reina
Porta do Castelinho -
ultimo reduto defensivo, local de refúgio dos combatentes de patente mais elevada.
ultimo reduto defensivo, local de refúgio dos combatentes de patente mais elevada.
Aqui permanecemos vários minutos em fotografias e no único tasco da vila, que não se encontrava preparado para alimentar os visitantes...
Saída de Castelo Mendo,
voltamos aos estradões, numa zona planáltica e cerealifera, com alguns muros de pedra a dividir os terrenos, por forma a limitar as deslocações do gado bovino.
voltamos aos estradões, numa zona planáltica e cerealifera, com alguns muros de pedra a dividir os terrenos, por forma a limitar as deslocações do gado bovino.
Passamos por cima baixo da A25, junto de um posto de combustível e continuamos sempre em estradão até Leomil.
Seguiram-se as aldeias de Ânsul e Aldeia Nova, todas com pontos de água potável.
Um pequeno trajeto a descer para a ponte medieval do Pego Negro,
sobre o Rio Côa.
Neste local, encontramos as setas amarelas do caminho de Santiago.
sobre o Rio Côa.
Neste local, encontramos as setas amarelas do caminho de Santiago.
A parte final foi feita por uma calçada antiga, do rio até as portas de Almeida, em ritmo de competição, com contagem para o prémio de montanha, pelo que não paramos para tirar fotos.
Pelas 19h50, chegamos à entrada da praça forte, com 97km nas pernas.
Seguiu-se o banho e o jantar.
ALMEIDA
Entramos pela porta de S. Francisco, no cenário de lutas, batalhas, cercos e traições, que caracterizam as disputas do território nacional.
Porta de S. Francisco -
uma das mais bonitas e importantes do país, é dupla e aberta em túnel de abobada e ostenta as armas reais.
No interior encontra-se atualmente o posto de Turismo.
uma das mais bonitas e importantes do país, é dupla e aberta em túnel de abobada e ostenta as armas reais.
No interior encontra-se atualmente o posto de Turismo.
Quartel das Esquadras -
construído no séc. XVIII para quartel da infantaria.
construído no séc. XVIII para quartel da infantaria.
A rota encontra-se bem sinalizada, e é fácil adquirir informação pormenorizada dos percursos, duração, dificuldades, altimetria, tipo de piso, características do terreno e outros conselhos úteis para desfrutar o caminho, os locais e as paisagens.
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No entanto, quem levar o trajeto em gps pode seguir sempre mais descansado, porque em alguns sítios as setas não são logo visíveis ou encontram-se com pouca tinta.
Cartas militares de Portugal n.º 183, 194, 205, 216, 225, 226 e 227.
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