Olá a todos
A ideia para este passeio partiu de um amigo que embora ande de bike, não se mete em grandes cavalgadas, mas que certo dia em conversa informal, me falou numas cascatas no Rio Âncora, situadas perto da aldeia de Montaria, no sopé da serra de Arga.
Toca a pesquisar no gpsies e ver o que se podia fazer e visitar para além das lagoas e cascatas tão peculiares do nosso Minho, mais concretamente no rio Âncora, na vertente sul da Serra de Arga.
Lá engendrei um percurso a começar em Vila Nova de Cerveira e a acabar em Viana do Castelo.
Apanhamos o comboio às 08H10 (com 15 minutos de atraso) em direcção a Vila Nova de Cerveira.
Primeiro episódio quase hilariante, iamos nós na carruagem «reservado Ecobike», muito sossegados na parte de trás do comboio e eis que, em Nine o comboio é literalmente invadido por ciganos Romenos e para nosso azar duas ciganas e respectiva prole (um rapazito e uma rapariga) se acomodam no nosso privado.
Azar dos azares, as janelas deste comboio não abrem e então foi
necessário recorrer as bombas nauseabundas do Sérgio, para tentar um equilibrio
de odores. LOL...
mas a coisa não ficou por aqui, passado pouco tempo aparece o
pica que nos pediu logo ajuda, pois aquela gente tenta sempre furtar-se ao pagamento
dos bilhetes. Lá tivemos que usar do 1,90 do Mário para os convencer... LOL e
não é que pagaram mesmo, custou mas pagaram... chegada a Cerveira às 10H00, reforço
de pequeno almoço e ala moleiro que se faz tarde.
Logo à partida fiz um desvio ao track original e decidimos
subir um monte que domina a paisagem sobre a foz do rio Minho, onde existe um
Cervo.
Segundo episódio caricato, ao mesmo tempo que nós, chegou um amigalhaço,
com a casa ás costas (mochila, bem entendido), o qual a nosso pedido, nos tirou
duas fotos e trocou connosco algumas palavras.
Diz ele que era de Torres Vedras
e vinha a pé de Espanha, não tinha destino, que a sociedade estava podre e que
a natureza era das únicas coisas boas.
Disse ainda, que o que aproveita desta
sua passagem no nosso querido planeta, são umas brocas que fuma e que tudo o
que necessita lhe vem parar às mãos. Uma forma diferente de encarar as coisas
sem dúvida.
Claro está que este inicio do passeio foi duro, com uma
subida constante, mas que se fez bem por ser em asfalto.
No cimo da ascenssão passagem,
pelo Convento San Payo, fundado nos fins do séc. XIV
por religiosos provenientes da Galiza, pertencentes à Congregação dos Frades
Menores de S. Francisco, foi o quarto Convento Franciscano a ser construído em
Portugal.
As asperezas do isolamento, os sucessivos saques e imposições políticas ao longo dos séculos, contribuíram para que o convento progressivamente caísse em ruínas e finalmente abandonado em meados do século XIX.
Até que um dia o Escultor José Rodrigues o (re)encontra …
Pelo cuidadoso restauro de que foi objecto, o Convento constitui um museu em si, por conservar e patentear um espécimen raro de arquitectura conventual e de franciscanismo observante.
Habitado por uma das mais notáveis referências da arte portuguesa contemporânea, tornou-se uma espécie de museu - atelier.
A colecção de esculturas, desenhos e pinturas, de propriedade do autor que o integra, num acervo de algumas centenas de peças, permite ao visitante conhecer melhor a obra de José Rodrigues.
As asperezas do isolamento, os sucessivos saques e imposições políticas ao longo dos séculos, contribuíram para que o convento progressivamente caísse em ruínas e finalmente abandonado em meados do século XIX.
Até que um dia o Escultor José Rodrigues o (re)encontra …
Pelo cuidadoso restauro de que foi objecto, o Convento constitui um museu em si, por conservar e patentear um espécimen raro de arquitectura conventual e de franciscanismo observante.
Habitado por uma das mais notáveis referências da arte portuguesa contemporânea, tornou-se uma espécie de museu - atelier.
A colecção de esculturas, desenhos e pinturas, de propriedade do autor que o integra, num acervo de algumas centenas de peças, permite ao visitante conhecer melhor a obra de José Rodrigues.
O Convento San Payo
promove visitas e oficinas de sensibilização à Arte e Natureza, que têm como
ponto de partida as colecções e obras do Escultor José Rodrigues.
Depois, foi a bela da descida até uma povoação perto de
Vilar de Mouros, onde fizemos uma breve paragem num café local para comer e hidratar.
Quando consultei o nosso bruxo GPS, constatei que estavamos novamente á cota do
mar e a uns meros 10 kms do ponto inicial.
Mas esperava-nos uma bela subida, que nos levou ao parque
natural Serra de Arga foi aqui que as nossas pernas foram postas à prova e elas
não falharam.
E é aqui, nesta serra de lendas e de muitas histórias que está situado o santuário da Nossa Senhora do Minho.
Um
local onde todos os anos no dia 01 de Julho, se cumpre uma peregrinação. São
muitos os peregrinos que neste dia, alguns de véspera, sobem a serra para ir ao
santuário da Senhora.
Do cimo
da serra era possível ver em toda a sua plenitude o vale do Lima desde ponte de
Lima até Viana do Castelo.
A hora
já apertava para chegarmos ao destino que nos tinhamos proposto, não se perdeu
tempo e encetamos logo a vertiginosa descida, que nos conduziu à localidade de
Montaria, onde existiam as cascatas no Rio âncora, que não pudemos procurar por
motivos óbvios.
Um
pouco mais á frente, chegados ao cruzamento do Chão da Pica e após consulta das
placas ali existentes, verificou-se que estavamos a 14 Kms de Vila Praia de Âncora,
a hora apertava,o Marito estava com a língua de fora, o Sérgio e o João também
davam sinais de já estarem satisfeitos, vai daí, toca a ignorar o bruxo e seguir
por estrada para Vila Praia de Âncora.
Foi
como se me arrancassem as unhas dos pés com um alicate de pontas, mas acedi
porque a parte final do trajeto era a ciclovia que liga Ponte de Lima a Viana e
já estou um bocadito farto de aí pedalar.
Presidente
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