05 abril 2012

SERRA DOS MORTOS


Hoje, aproveitei uma viagem de trabalho, para levar a bike e regressar à Serra dos Mortos, para visitar os monumentos conhecidos como megalíticos, grandes pedras, que num passado remoto serviam para honrar os defuntos e no presente permitem-nos conhecer melhor o homem pré-histórico.


Assim, após o almoço saí do centro da cidade em direcção as eólicas e ao alto da serra, que se distribui pelos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses.


Fazendo jus a minha qualidade de manco a cada passo ou pedalada ia fazendo uma breve paragem para fotografar....alguns animais...ou desfrutar da paisagem envolvente.


Rapidamente encontrei a primeira necrópole, no meio de um amontoado de pedras, digna de paragem uma tranquila, para entender o d
olmen Outeiro dos Gregos, na freguesia de Ovil.




Estes monumentos funerários, construídos durante o Neolítico, entre o V e o IV milénio A.C., e que marcam a paisagem, são facilmente visíveis do estradão, pelo que não é de estranhar actos de vandalismo de gente ignorante.


Depois nova paragem na capela da Senhora da Guia, no ponto mais alto da serra aos 972mt, junto de uma grande cruz, com uma vista privilegiada para o vale, cidade e concelhos vizinhos.



Uns metros mais à frente chegamos ao dólmen mais conhecido da região e considerado monumento nacional desde 1910.


Segundo apurei também é denominado de Dólmen da Fonte do Mel, Casa da Moura de S. João de Ovil, Casa dos Mouros e Cova do Ladrão.


São mais de quarenta túmulos, onde se incluem mamoas, antas e dólmenes, que foram identificados, intervencionados e estudados desde 1978.

E este é o monumento de maior dimensão e o mais bem conservado da Aboboreira.


Curiosidade ou cultura geral...
Não obstante a serra ser um local com grandes granitos, como achas que transportavam as pedras gigantes?
Segundo os entendidos são possíveis 3 cenários:
1º - eram arrastadas sobre o solo, neste caso por cada tonelada eram necessários 16 homens;
2º - arrastadas sobre rolos de madeira, eram necessários 6 homens;
3º - utilizando alavancas bastavam 2 pessoas.


Finalmente o terreno adequado para a minha condição física...estradão e sempre a descer.

Foi agradável mas, mal cheguei à estrada tive de começar a subir em direcção à sexta maior elevação de Portugal Continental, com 1415 mt. de altitude.


Que treta, mal foi possível virei para o lado oposto, em direcção a Baião.


Por esta altura voltei a fazer das minhas burrices, pegar na maquina fotográfica em andamento, coisa normalíssima (assim como as quedas).

O problema foi o trajecto ter começado a descer rapidamente e não ter tido tempo para fazer a curva com a maquina na mão e a travar com a outra.

Resultado lógico fui sempre em frente...


e espalhei-me completamente.

Felizmente só deu hematomas e arranhões.

Mal tinha acabado de me levantar, liga-me o presidente para o telemóvel, parece que até já adivinhava...

Lá segui caminho a pensar na sorte que tive, quando fui forçado a parar devido a um congestionamento no caminho, que me impediu momentaneamente de seguir viagem.


E assim percorri cerca de 40km, por caminhos cheios de história.


1 comentário:

Anónimo disse...

andas bem acompanhado!