Depois de Valença - Porto, em 2008, pelo litoral, desta feita opção foi os caminhos de Santiago, mas em sentido contrário.
Por isso, utilizaram o transporte em vias de extinção...o comboio.
Na falta de motoristas, foi mesmo o pessoal a comandar o comboio do Porto até a Praça Forte, do lado esquerdo do Rio Minho.
No comboio o problema foi onde colocar tantas bicicletas...
Lá se arranjaram soluções, porque os clientes eram poucos.
Chegada a Valença.
vila fronteiriça, ergue-se no cimo de um monte sobre o rio Minho e
é dominada pela fortaleza de duas torres e muralha dupla, dos séculos XVII e XVIII, construída segundo os princípios do engenheiro e arquitecto francês Vauban.
A Praça Forte de Valença é uma das principais fortificações militares da Europa, com cerca de 5 km de perímetro amuralhado, sobranceira ao rio Minho, frente a Tui.
Um espaço de convivência galaico-minhoto, comercial e turístico por excelência.
Trata-se de uma obra de arquitectura militar gótica e barroca cujos primeiros muros foram construídos no século XIII e que actualmente possui um sistema abaluartado, edificado nos séculos XVII e XVIII.
Depois das fotos da praxe, paragem para café e lembranças para as mulheres, lá se puseram a caminho.
Ponte lançada sobre rio, formada por 2 troços distintos, um romano e outro medieval.
O troço medieval, com tabuleiro rampante muito suave, assenta sobre 15 arcos quebrados à vista (um deles ainda com soleira), com talha-mares de forma prismática a montante encimados por olhais também de arco quebrado.
Parapeito com alvéolos marcados e, sensivelmente a meio, na guarda a montante, cruzeiro de coluna facetada, cruz latina de braços em flor-de-lis e escudo no capitel.
Pavimento lajeado e com ralos de escoamento para as gárgulas, de canhão, que se dispõem irregularmente.
Com a barriga cheia lá se fizeram novamente ao caminho.
BARCELOS
A igreja do Igreja do Bom Jesus da Cruz está ligada ao aparecimento miraculoso de um cruz de terra negra no chão barrento do Campo da Feira, em 1504.
Neste local construiu-se em 1505 uma capela, com uma imagem do Senhor da Cruz, que um comerciante trouxe da Flandres.
A construção do templo actual iniciou-se em 1698 e abriu ao culto em 1710 com projecto da autoria do arquitecto Lisboeta João Antunes (1643-1712).
A Lenda do Galo de Barcelos é uma das mais míticas lendas nacionais, em que os habitantes andavam alarmados com um crime, principalmente por não se saber quem era o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito.
As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento duma promessa.
Por isso, foi condenado à forca.
Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara.
Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos.
“É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.
Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo.
O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade!
Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou.
Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado.
O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço.
Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento.
Imediatamente solto foi mandado em paz.
Passados anos voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor a S. Tiago e à Virgem.
Todos chegaram a Gaia sem grandes dificuldades, tal é a qualidade dos atletas, com cerca de 120km.
Porém, com a quantidade e intensidade dos treinos, nenhum dos participantes teve tempo para fazer um resumo do percuso, pelo que vos deixo apenas algumas fotos a que tive acesso.
Sem comentários:
Enviar um comentário