Mais uma viagem ao topo da Serra da Estrela, mas de carro, tal é o estado do manco.
Infelizmente ainda sem neve, mas com temperaturas negativas (-5º) e ventos gelados, que tornaram um martirio os primeiros momentos.
Por isso, tirar a bicicleta de cima do carro e a foto da praxe foram em contra-relógio.
Pensava eu que a descer todos os santos ajudavam, mas esqueci-me do frio, que esteve quase a levar-me abortar o passeio, pois não sentia os dedos, mesmo com 2 pares de luvas.
Felizmente, bastou descer cerca de 200 metros em altitude e entrar no trilho de terra para temperatura subir e voltar a sentir os dedos.
Começei a descer a Garganta de Loriga, vale glaciárico constituído por quatro depressões (covões), escavadas pelo gelo.
Antigos lagos glaciáricos, hoje colmatados e cobertos por cervunais.
Foram cerca de 2km até a barragem do Covão do Meio
pelo caminho muita pedra e gelo.
Chegada ao Covão do Boeiro com o curso de água do rio Zêzere.
Depois da ponte de madeira, o caminho continua a descer em direcção à barragem do Covão do Meio.
Logo após as ruínas de um edifício, o caminho volta aos calhaus soltos, que só a pé é transponível e com muito cuidado para evitar uma queda ou entorse.
A saída da água da barragem.
Segui-se uma ponte metalica....
Antes de chegar ao destino foi necessário carregar a bicicleta as costas e subir 161 degraus de escadas.
com uma vista privilegiada para o vale do Glaciar de Loriga.
Mesmo aqui o vento era forte que criava ondas na água da barragem.
Tinha marcado no gps continuar o percurso com uma escalada e a carregar a bicicleta, mas como as rochas tinham gelo decidi voltar para trás.
Ainda me senti tentado a descer o vale até a freguesia de Loriga - Seia, para não repetir o trajecto, mas achei que a distancia era longa (cerca de 4km) e adequada a cabras e afins, para eu me aventurar sozinho e sem conhecimento do percurso.
Lá fiz o mesmo trajecto, quase 70% com a bicicleta as costas.
Dureza para um manco...
Chegado a estrada concluí o meu objectivo, mais uma viagem para descobrir e contemplar mais um recanto do Parque Natural da Serra da Estrela, a maior área protegida de Portugal.
Restou-me a descida até o Sabugueiro e depois junto as margens do rio Alva
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