31 outubro 2011

SERRA DA FREITA

Dia 31 de Outubro mais um passeio para os Ultra prós da “pianha”.

5 e 30 e toca a despertar, tratar do pequeno almoço e siga para a Freita, não sem antes trocar a câmara do pneu de trás do nosso membro dos para-olimpicos.

Cafézinho e nata ao pé do Las Vegas e siga.

Chegados ao parque de campismo de Merujal tempo de preparar as bikes, poli-las (para as estoirar no monte) e tempo para o Almeida “arrumar a casa”

8 e 10 e iniciamos o trajecto em direcção ao planalto das eólicas. Primeiras descidas sem problemas, belas paisagens

e muita descontracção e boa disposição, aqui ainda se riam.

(Presidente – “ Estes camelos a rirem-se… quando souberem o que aí vem… “I O MANCO SÔ EU?!)

Tudo decorria sem problemas até que surge o primeiro acto de sabotagem.

Caminho cortado por um desabamento de terras.
A quantidade e tamanho das pedras a barrar o caminho só indicavam uma possibilidade, detonação.

Uma detonação controlada digna de trabalho de especialistas. Sem querer levantar suspeitas toda a gente sabe quem é
o especialista em bombas da ECOBIKE.( e não, não é o Quelhas)

Continuamos a nossa subida e descida e subida e subida e subida até ao planalto das eólicas. Chegados ao topo Uma ventania que quase nos tombava, pudera, todas as “ventoinhas” estavam a trabalhar e ainda querem poupar energia.



Atravessamos o planalto para iniciar a descida para Tebilhão .

Paragem para a foto da praxe.

(Aqui o Presidente a ver como é que podia abrir a caixa das esmolas, parecia que adivinhava que ia precisar de uns trocos para arranjar a bike).

(Paulo e o seu cajado, aqui ainda não sabíamos que íamos precisar dele para subir e descer à pata ou para arrear no Quelhas e no Presidente pelo percurso que escolheram lol!!)

Continuamos a descida para Tebilhão

e os primeiros sinais de desacordo entre os GP

S ‘s dos nosso maravilhosos “Cães pisteiros” começam a surgir, “estamos no trilho, , é prá esquerda, é pra direita “ o inevitável o grupo separa-se J. Numa descida digna de um downtown surge a tenebroso “Gigante” ou “Zorbe” um cão feroz de cerca de 20 cm de altura, que desata a fugir ao primeiro rugido do Presidente, para só parar junto dum simpático casal de idosos, que rapidamente nos informaram daquilo que já sabíamos, nós estávamos no caminho certo para Tebilhão, e o Quelhas e o Paulo, estavam perdidos….

Ao longe vozes, vozes que pareciam do além, que vinham e desapareciam até que o Gigante dá sinais que estranhos se aproximam como quem diz “ os nabos dos vossos companheiros já estão a chegar”.

Depois de lavrarem alguns campos lá chegaram os candidatos a “lost”.

Teimosias à parte, descemos por um caminho onde dizia expressamente e em bom português

(Proibida a circulação a bicicletas, AtV’s e veículos de quatro rodas)

Depois de 1 km a descer a “pernantes”, com o presidente a representar o espírito do vice, insistindo no impossível, descer sentado na bike, e com o Quelhas a ajudar, com um ou outro slide de sku de quando em vez.

Chegados a Tebilhão ou quase lá tempo para uma pausa, algumas histórias, e explicações sobre alguns dos vícios de alguns membros. Ficamos a saber que o vicio do presidente de tentar andar por cima de toda a folha, como as cabras, teve origem nos ensinamentos do nosso vice Vitokorov. Surgiram por isso ideias de actualizar a alcunha do vice de “Vitokourov” para “Vitokabrov”.

Iria surgir também uma proposta de alteração da alcunha do nosso “El trepador”para “El Cagong”. Á semelhança daquele herói da banda desenhada que derrotava os inimigos com a sua viola, Quelhas demonstra também bastante mestria musical.

Mais uma subida á pata e começamos a descer para Rio de Frades.



A paisagem lindíssima preenchida pelas ruínas das antigas minas de volfrâmio ou tungesténio. Um pouco de história meus pupilos.

As minas de volfrâmio ou tungesténio eram
exploradas durante a 2ª grande guerra por uma companhia alemã. Metal de extrema dureza, hoje em dia utilizado para ferramentas de corte, era utilizado para fabrico de armamento. Isto no tempo em que se ìa a Arouca a pé e descalço, com os sapatos num saco, para não estragar.

Palavras da senhora simpática do tasquinho onde comemos as nossas sandes e a nossa “massssiiiinnnha com sssssaaaaalchicha”.

Depois das energias repostas toca a subir, objectivo, outra vez o planalto das eólicas. Pelo meio mais uma desavença de GPS’s.

Obrigado à senhora em Fuste que nos deixou encher os “canados”.

Junto ao mapa toca a rever a matéria.

O pior estava para vir!! Mas antes eis que surge um som, todos olham para as árvores

“Deve ser nova espécie de ave.” Digo. “Com um chilrear tão estranho?” Diz o Paulo.

“Deve ser uma mota” Diz o Almeida.

(O Almeida ainda se ria eu já estava branco como a cal…lol)

O resto da subida não foi meiga e fez algumas baixas, entre elas o travão do Almeida, o pé do Almeida, a escora do Almeida, os calções do Almeida.

E já me esquecia as pernas
e os pulmões dos restantes.

Á chegada ao planalto rajadas de ventos ciclónicos tentaram impedir estes bravos de concluir a sua epopeia. Mas nada mesmo nada poderia vencer o ímpeto destes guerreiros.

É aí que chamam os snipers para tentarem impedir de progredir. Ágil como sempre, procuro abrigo numa valeta.

Encurralado não podia avançar tudo parecia perdido ….. mas eis que surge o resto da força especial, com alguns disparos um membro do grupo afugenta os snipers….

Tempo de descontracção. A tempestade tinha passado.

Mas eis que, entre mais ruídos estranhos vindos da bike do Almeida, ele descobre que a sua escora está partida.



Incrível, tamanha a velocidade com que este atleta sobe, que parte a escora onde se aparafusa o travão de trás… Podem achar incrível mas é verdade.

Este homem tem que tr
avar a subir para que o avanço sobre o resto dos companheiros não ultrapasse os 2 minutos.

Estava feita a volta descida para o parque de campismo para um banho quente, o qual ainda não sabíamos que iríamos tomar, mas que bem que soube.

Pelo meio uma paragem do Quelhas para “apanhar o autocarro” e a espectacular forqueta do Paulo que não me sai da cabeça.

Uma “manca” com um sistema de “cotovelo” que a impede de afundar quando trava.

O próximo passeio é já ao virar da página…..

P.S: s factos e relatos desta crónica são de única e inteira responsabilidade dos intervenientes

Abraço.

3 comentários:

tojo disse...

boa crónica. serra Freita significa sofrer, e além das pernas tbem partiu mais um cavalo de pau. Gostei das novas alcunhas e dos snipers...lol...mto bom mesmo...

Anónimo disse...

o jorge fica sempre em grande com a sua esponja cor de rosa, agora a touca fica-lhe a matar.
passeio de mancos
vitor

Jorge Almeida disse...

Excelente trilho na sempre radical Serra da Freita... em boa companhia...
Muito bom o relato deste passeio que eu já tinha realizado, mas que valeu a pena fazer novamente...