A magia do Alentejo encontra-se com um infinito prazer em todos os lugares.
Desta vez, e para celebrar o Dia Nacional dos Castelos, que teve lugar a sete de Outubro, deixo aqui alguns Castelos, fortes e vilas fortificadas espalhados pela Alentejo, testemunhos da memória coletiva dos povos, que visitei este verão.
Desta vez, não tive a companhia de outros ecobiker`s, por isso escolhi um percurso tranquilo, e em grande parte por estrada.
O objetivo era revisitar património edificado, cada um com a sua singularidade histórica e enquadramento paisagístico, de forma activa, pedalando pela natureza, nas proximidades do maior lago artificial da Europa.
O objetivo era revisitar património edificado, cada um com a sua singularidade histórica e enquadramento paisagístico, de forma activa, pedalando pela natureza, nas proximidades do maior lago artificial da Europa.
Estando hospedado na bonita vila medieval de Monsaraz, tinha de começar o passeio no interior da muralha,
no cima de uma pequena colina, nas margens do Alqueva.
Depois de uma sessão fotográfica no castelo, nas pequenas ruas no interior da muralha, e um longo período a contemplar a paisagem em redor da vila,
acabei por cruzar-me com os amigos Kunalama, que se encontravam ali para iniciar mais uma etapa da travessia de btt entre Bragança e Sagres (sem foto desse encontro).
Inicio da viagem por estradas municipais e estradões em terra, com passagem por pequenas localidades, de forma a visitar três locais com monumentos megalíticos, o menir da Bulhoa, do Outeiro e o Cromeleque do Xerez.
Inicio da viagem por estradas municipais e estradões em terra, com passagem por pequenas localidades, de forma a visitar três locais com monumentos megalíticos, o menir da Bulhoa, do Outeiro e o Cromeleque do Xerez.
Próxima paragem a vila alentejana de Terena
Também conhecida por S. Pedro ou São Pedro de Terena.
Entrada do antigo castelo, situado em posição dominante, no alto de um monte.
passear a bicicleta pela muralha...
restam apenas as paredes do castelo com formato pentagonal irregular, com quatro torres de planta circular dispostas assimetricamente.
A vila de Terena desempenhou um importante papel de defesa fronteiriça,
através do seu castelo, que integrava a linha de defesa do Guadiana.
Na tranquilidade do alentejo...uma pausa para descanso à sombra da igreja (fechada).
As casas caiadas de branco com rodapés das portas e janelas pintados de outra cor, com muitas flores, de várias cores, em vasos na frente das casas.
Ao fundo a barragem de Lucefecit, para regar os campos agrícolas.
Percorridos 13km cheguei a Alandoral, que segundo consta deve o seu nome ao facto de neste concelho crescerem aloendros, cuja madeira é usada no artesanato local.
O castelo e a torre do relógio sobressaem do casario envolvente.
Mais uma porta fechada.
Assim sendo, a visita foi só para fotos e para mais um passeio pela muralha, edificada por D. Dinis e concluída em 1298.
A Torre do Relógio.
Como já conhecia bem esta localidade segui rapidamente para a Fortaleza de Juromenha.
Depois de 17km por estrada entrei no forte.
Das oito fortificações por onde ia passar o meu passeio, apenas esta e a de Noudar, que iria visitar no dia seguinte, não conhecia, pelo que entrei com a expectativa
de ser agradavelmente surpreendido, apesar de saber que o edifício se encontrava abandonado.
Lamentávelmente, não gostei nada desta visita, pelo estado de degradação em que se encontra.
No interior da fortificação existem duas igrejas (a da Misericórdia e a
Matriz), a cadeia (edifício cuja configuração atual data do século
XVII), os antigos Paços do Concelho, cuja fachada ruiu um 1930, diversas
ruínas pertencentes ao aglomerado urbano e a antiga cisterna de planta
quadrangular.
Para esquecer este cenário triste perdi-me a tentar imaginar a vida que ali existiu.
Para esquecer este cenário triste perdi-me a tentar imaginar a vida que ali existiu.
Felizmente, no fim a visita valeu pela paisagem espetacular do rio Guadiana.
O regresso não teve grande história, pois foi sempre por estrada até o local de partida, onde cheguei com 83km nas pernas.
No dia seguinte repeti a dose, mas desta vez para sul, saindo de Monsaraz em direção a Mourão, sempre por estrada, porque era necessário atravessar o rio para a margem esquerda.
O regresso não teve grande história, pois foi sempre por estrada até o local de partida, onde cheguei com 83km nas pernas.
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No dia seguinte repeti a dose, mas desta vez para sul, saindo de Monsaraz em direção a Mourão, sempre por estrada, porque era necessário atravessar o rio para a margem esquerda.
Uma região de grande beleza natural e de tranquilidade...
Fui direto ao castelo, que ocupa uma posição dominante sobre a antiga vila medieval.
Ao fundo (a norte) vê-se o castelo de Monsaraz
A vila observada do castelo.
Seguiram mais 8km até aldeia da Luz, que ficou conhecida após a construção da barragem de Alqueva, que obrigou os seus moradores a serem realojados, numa nova aldeia da Luz, que foi construída de forma a manter as caracterisiticas da antiga, que foi submergida pelas águas do Guadiana.
Atravessei a aldeia em direção ao museu, situado ao lado do grande lado e cujo espólio foi construído com base em objectos dos habitantes dessa aldeia.
Junto deste fica o cemitério e a Igreja da Nossa Senhora da Luz, ambos transladados da antiga aldeia.
Seguiu-se uma longa travessia por estrada até Barrancos (50km), onde esperava visitar um extraordinário castelo, num local recôndito.
Ao chegar a cidade celebre pelos touros de morte, segui direto a placa de sinalização do castelo de Noudar.
Junto deste fica o cemitério e a Igreja da Nossa Senhora da Luz, ambos transladados da antiga aldeia.
Seguiu-se uma longa travessia por estrada até Barrancos (50km), onde esperava visitar um extraordinário castelo, num local recôndito.
Ao chegar a cidade celebre pelos touros de morte, segui direto a placa de sinalização do castelo de Noudar.
Depois de atravessar a ponte estreita sobre a ribeira de Murtega, comecei a subir por um estradão em terra, que continuou até ao castelo, sendo no inicio a inclinação mais acentuada.
Quando já pensava estar perdido lá apareceu uma placa com indicação de Parque de Natureza de Noudar (Herdade da Coitadinha), que desconhecia por completo.
Finalmente lá cheguei ao castelo, situado junto à fronteira espanhola, num local de beleza natural ímpar.
Limitado pelo rio Ardila a Norte e a Sul pela ribeira de Múrtega.
Quando já pensava estar perdido lá apareceu uma placa com indicação de Parque de Natureza de Noudar (Herdade da Coitadinha), que desconhecia por completo.
Finalmente lá cheguei ao castelo, situado junto à fronteira espanhola, num local de beleza natural ímpar.
Limitado pelo rio Ardila a Norte e a Sul pela ribeira de Múrtega.
Disputadas com mouros e depois com castelhanos, estas terras foram
primeiro conquistadas pela coroa portuguesa em 1167.
A pequena vila empoleirada sobre uma colina rochosa, sobranceira à foz da ribeira da Múrtega e do rio Ardila, foi atribuída por D. Dinis à ordem de Aviz, em 1303, sob condição que a envolvesse por um castelo.
O castelo esteve alternadamente em mãos portuguesas e espanholas até 1715, quando foi de vez integrado em território nacional.
Data daí por ironia o início do seu eclipse e nem a circunstância de ter sido declarado monumento nacional em 1910 impediu que fosse devassado.
Foi preciso esperar pelo início dos anos 80 para se dar início à recuperação da construção medieval, mantendo-se, porém, em aberto, a disputa sobre a sua propriedade, só resolvida em 97, quando a EDIA comprou o terreno e atribuiu o monumento à edilidade de Barrancos.
A pequena vila empoleirada sobre uma colina rochosa, sobranceira à foz da ribeira da Múrtega e do rio Ardila, foi atribuída por D. Dinis à ordem de Aviz, em 1303, sob condição que a envolvesse por um castelo.
O castelo esteve alternadamente em mãos portuguesas e espanholas até 1715, quando foi de vez integrado em território nacional.
Data daí por ironia o início do seu eclipse e nem a circunstância de ter sido declarado monumento nacional em 1910 impediu que fosse devassado.
Foi preciso esperar pelo início dos anos 80 para se dar início à recuperação da construção medieval, mantendo-se, porém, em aberto, a disputa sobre a sua propriedade, só resolvida em 97, quando a EDIA comprou o terreno e atribuiu o monumento à edilidade de Barrancos.
No Parque de Natureza de Noudar os trilhos permitem uma utilização pedestre ou de btt num enquadramento natural de rara beleza.
Naquele momento só queria entrar no castelo de Noudar para o conhecer, e a seguir partir à descoberta deste recanto do Alentejo.
Sinalização de alguns trilhos.
Fiquei encantado com a paisagem e a localização do castelo, que não me passava pela cabeça era que estivesse fechado e sem qualquer informação.
Que desilusão!
Depois de uma viagem longa e do esforço físico para chegar aquele local, só queria trepar aquelas enormes paredes para visitar o interior do castelo...mas deixei para outra oportunidade, antes que a escalada acabasse em mais uma ida para o hospital.
Para esquecer a minha frustração, aproveitei para descer ao rio e percorrer um dos trilhos sinalizados do parque, ao longo do Rio Ardila, e observar a fauna e flora das suas margens.
Quem percorre a natureza deslumbra-se a cada instante...
desta vez fiquei encantado com a proximidade com que um veado passou por mim aos saltos e a uma velocidade espantosa, que quase me deitava abaixo da bicicleta...
Infelizmente não levei a maquina de filmar...porque isto só visto.
Regressei pelo mesmo caminho em direção ao centro de Barrancos, onde visitei o Posto de Turismo, para lamentar a falta de informação sobre o encerramento do castelo, que aparentemente não tem data prevista para reabrir ao publico.
Era suposto regressar novamente a Monsaraz de bicicleta, mas acabei por pedir apoio logístico.
Enquanto esperava a chegada do carro vassoura fui para a Sociedade Recreativa Artística Barranquense, ou a "Sociedade dos Rapazes ou dos Pobres", provar o presunto e outros petiscos da gastronomia regional.
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