07 junho 2013

ALDEIAS DE XISTO

Há uns anos atrás andamos a pedalar pela Serra de Lousã, e encontramos paisagens espetaculares na subida ao alto de Trevim,
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e uma travessia memorável do rio Ceira, em Serpins.
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Desta vez decidimos regressar para percorrer um património único, aldeias perdidas na serra, com as suas casas feitas de xisto, a rocha mais abundante na região.
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Montamos a "tenda" frente ao novo quartel dos Bombeiros da Lousã e começamo-nos a preparar para mais uma volta de bicicleta...com muitas calorias...

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Pois, mais vale prevenir do que remediar, ou seja saímos logo bem alimentados do primeiro café que encontramos...



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Foto da praxe no inicio da subida.
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Felizmente os 5,6kms a subir até os 690m de altitude foram por asfalto e com uma inclinação soft.

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Segui-se um estradão largo em terra pelo arvoredo.

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Uns metros mais à frente fizemos a primeira paragem, na casa abandonada dos antigos guardas florestais, para mais uma sessão fotográfica.

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Daqui para a frente ia começar o mergulho na serra da Lousã, com a sua vegetação luxuriante e as suas aldeias de xisto, ligadas entre si pela proximidade geográfica, pela história e cultura comuns.
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Miradouro para a cidade de Lousã.
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Aos 9km chegamos à 1ª aldeia cravada na serra,
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CHIQUEIRO


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Arrumar a casa para receber ilustres ecobikers.
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Casario encostado, com ruas estreitas e com escadas por todos os lados.
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Casas de xisto, com portas e janelas de pequenas dimensões.
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Infelizmente muitas casas abandonadas, algumas em recuperação, mas um lugar deserto de pessoas...
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Depois segui-se um estradão a descer, com alguma pedra solta, mas muito tranquilo para qualquer praticante de btt.
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Cerca de 300m depois já estávamos a caminhar na segunda aldeia 
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CASAL NOVO

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Pequeno aglomerado de casas, cujo acesso é feito por escadas.
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Tivemos de descer/subir muitos degraus para ver casa a casa...

para não variar muitas residências de xisto abandonadas.

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Por aqui ainda ficamos alguns minutos na conversa...
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Continuamos a descer e rapidamente chegamos a outra aldeia, 
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TALASNAL

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Quem é que ainda não ouviu falar nos talasnicos ?

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Pareceu-nos que de todas esta é a que está melhor preparada para receber turistas, mesmo tendo apenas uma moradora permanente, porque os outros residem na Lousã.

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Mais escadas...
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Aqui acabamos por nos dividir e visitamos os dois restaurantes da aldeia

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Apesar de não termos ficado para almoçar, pois é necessário reservar, acabamos por nos deliciar com outras coisas, como o doce típico, feitos com castanhas, mel, amêndoas.... de fazer crescer água na boca!!!!!

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talasnico acompanhado de um bom licor,
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Sandes de carne da região e umas cervejinhas.
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tudo isto muito tranquilamente...
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Com 12km percorridos, seguíamos com mais tempo parado do que a pedalar, pois este percurso de bicicleta, foi planeado à minha imagem ou seja, contacto com a natureza, de forma tranquila, para poder apreciar e desfrutar dos locais, turismo ativo e muito convívio.
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Por cima do "almoço", nada como uma pequena subida para chegar à nova localidade.
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VAQUEIRINHO
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Mais uma pequena aldeia com aspecto de ter meia dúzia de casas habitáveis.
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E alguns desses moradores (ou de férias) pareceu-nos ser um casal estrangeiro (hippies), com duas crianças, felizes nas suas brincadeiras. 
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Segui-se um caminho pedestre muito interessante, que nos levou à próxima povoação.
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Nos percursos pedestres encontra-se sempre um caminheiro, ou vários...e neste caso foi mesmo uma camioneta deles.
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E, é claro que nestas coisas lá chega o tempo de as carregar, mesmo que por poucos metros...

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pelo caminho paragem para refrescar o corpo...
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O percurso pedestre continuo pelo vale 





Antes de chegar a CATARREDOR, mais uma pequena subida
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Nesta localidade, mais uma senhora de nacionalidade da Europa do Norte, com aspeto de ser moradora naquele pequeno local.
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Seguiram-se 4km a descer pela estrada nacional, que liga Lousã a Castanheira de Pera, para relaxar os músculos ...até chegar à aldeia de
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CANDAL
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Ergue-se numa colina voltada a sul.
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Mal entramos na aldeia, nova paragem no café da zona....
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Com tanta paragem é natural que não faltasse energia para palhaçada.
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O percurso seguia por estradão, mas não ia deixar de percorrer a aldeia, por isso toca a por todos os turistas a carregar a bicicleta...

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pelas escadas acima...mesmo com um protesto ou outro, normal em ciclista.
até chegar ao miradouro, 



onde os que protestaram foram os que mais fotos tiraram



uma belíssima vista sobre o vale e da Ribeira do Candal, que
deu para descansar e contemplar a paisagem ....
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mas logo a seguir mais escadas.

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E lá voltamos ao trilho que tinha desenhado...sem ninguém saber o que nos esperava
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uma subida que parecia interminável, porque seguia em linha reta até quase ao topo de montanha (1043m).
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é claro que alguns metros foram feitos a pé...
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Depois da foto da praxe, para quem ainda não tinha estado no alto de Trevim (1202m),
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começou a descida pelo estradão das eólicas,
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na ultima antena, saída para um estradão cheio de cascalho
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depois entramos numa pista de downwill muito técnica, mas decidimos voltar ao estradão...
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e para as pedras do corta fogo.
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A descida ainda ia a meio, e decidimos fazer uma breve pausa para arrefecer os travões,

 tal era a inclinação. 


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Chegados ao asfalto tomamos a direção do Castelo de Lousã ou de Arouce, na margem direita do Rio Arouce.
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Infelizmente, mais um exemplo da triste realidade deste país, o monumento nacional encontrava-se encerrado, e sem qualquer informação sobre esse facto, isto a um sábado, com inúmeros turistas no local...
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Segui-se uma ida à praia fluvial.
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Mas o nível da água estava muito baixo para os mergulhos.
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No entanto, isso não impediu refrescar as bikes...
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Ainda quis levar os meus amigos a outra praia fluvial, mas a pressa dos fanáticos pela bola, fez terminar o passeio mais cedo e lá fizemos os últimos 3kms, até os carros por estrada.
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Assim, as 16h30, com 42km em 04h01 de pedaladas e 04h05 parado, fomos a banhos, mas graças à amabilidade dos bombeiros.
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