LINHA DO VOUGA - 2ª PARTE

Depois de na semana passada ter percorrido a LINHA DO VOUGA, entre Sernada do Vouga e Vouzela, agora ia percorrer o restante trajecto desta linha.

Estava decido a fazer o "caminho de ferro" novamente sozinho, com inicio em Viseu, onde tinha local para banho no final.

Depois pedalava até Vouzela, onde fazia intenções de almoçar, regressando de seguida à terra do Viriato.

Uma distância total aproximada de 80 a 90 km.

Porém, no dia anterior o meu amigo Tójó fez questão em acompanhar-me, neste passeio à descoberta de Portugal, para fugir a rotina da competição.

Por isso, só havia uma condição que ele rapidamente aceitou tranquilamente, nada de corridas. 

Por volta das 08h30 lá seguimos de carro até o centro de Viseu, sempre debaixo de chuva. Estava um dia agradável...mas para ficar em casa.

Começamos o passeio frente ao único vestígio da antiga estação da CP naquela urbe, o deposito de água.

Rapidamente nos equipamos, porque a chuva era do tipo molha tolos, mas ameaçava voltar o diluvio (10h15).

A parte inicial da linha desapareceu pela construção de prédios, do desenvolvimento de silvas e à construção de novas estradas, em particular a A25 e da A24, que nos impediu de seguir em frente em alguns sitios e a voltar à estrada para tentar mais à frente. 

À saída de Viseu, junto do edifício do Comando Territorial da GNR de Viseu, a linha está bem visível.

Seguimos viagem até ao próximo apeadeiro de Travanca da Budiosa (11h07), que apesar de não estar abandonado, não estava grande coisa. 

Próxima paragem estação da Bodiosa, com um anexo, que servia de armazém de mercadorias (11km - 11h19). 

A paisagem agradável, tipo rural e de mato, em estradão largo e ciclável, que dava para seguir a bom ritmo.

No meio da vegetação apareceu-nos o topo da antiga Igreja de S. Miguel do Mato.

Dada a proximidade fizemos um pequeno desvio dos "carris" para visitar as ruínas da igreja (14km - 11h30). 

Aqui o Tójó aproveitou para fazer um pouco de xfit e fez umas séries de corrida até o topo da torre da igreja, que quase apanhava a coruja distraída com tanta velocidade.

Aqui em trocamos duas de letra com habitante acerca daquele local.

Voltamos a linha, junto de uma placa em mau estado, que indicava o apeadeiro de S. Miguel do Mato.

Logo a seguir Túnel de São Miguel do Mato.

Continuamos por um estradão no meio do mato até antiga estação de Moçamedes, com perto de 16 km efectuados (11h52).

Actualmente a funcionar como Junta de Freguesia de S.Miguel do Mato. 

Túnel do Couraceiro

Apeadeiro Real das Donas (19km - 12h05), porém neste local apenas encontramos a placa e mais um pequeno percurso de asfalto na EN16.

Descida para S. Pedro do Sul por zona florestal...
 

Chegados a uma rotunda com um velho vagão na linha férrea, foi obrigatório uma paragem para uma sessão fotográfica.

 Logo a seguir, num descampado, encontramos vários artefactos do corço de Carnaval...

A mais engraçada de todas era a semelhança entre um gigantones e o presidente do Ecobike. 

Antes de chegar à estação passamos pela ponte ferroviária de Negrelos, sobre o rio Vouga.

Cuidado que a ponte está com obras de restauro....não aguenta com pesos pesados, nem cabeçudos....

Estação de S. Pedro do Sul frente ao Rio Vouga (12h35).

O edifício foi recuperado e actualmente é explorado com por um restaurante e café.

Cerca de 1,5km mais à frente, passamos por outra ponte ferroviária, passando o caminho para o lado esquerdo do rio Vouga.

Como não tinha placa de sinalização não tenho certeza do seu nome, mas julgo ser Ponte do Pego ou das Termas de S. Pedro do Sul.

Daqui para frente foi sempre a subir até Vouzela.

Infelizmente, não deu para ir aos banhos as Termas de São Pedro do Sul, porque estes quilometros voltam a ficar confusos, sendo necessário circular pela N16.

Tunel de Lamas

Mais 5km e chegamos ao objectivo, ou seja, estação de VOUZELA.

que foi convertida em Central de Camionagem, mantendo apenas o depósito de água, que abastecia os comboios a vapor, a placa com o nome da estação e o relógio.

Depois das fotos da praxe na automotora procuramos um tasco para comer algo ligeiro.

Com alguma dificuldade lá encontramos um café para uma sande...

A viagem de regresso foi mais rápida para evitar a tempestade que se aproximava, pelo que completamos o percurso em menos 50minutos. 

Sendo certo que o Tójó ia a travar para não me deixar ficar para trás. lol

Ainda fui mostrar a cidade ao meu companheiro de viagem, que nestas viagens tem sempre de levar uma lembrança para casa... 

Por isso, ainda deu tempo para foto frente à Sé e na estátua do Viriato.
 

Como se fazia tarde e voltavam os chuviscos, optamos por não perder tempo com os banhos numa instituição estatal, e trocamos rapidamente de roupa, no parque de estacionamento.

Lamentavelmente não fizemos o lanche no café da antiga estação, deixamos aqui um  link de uma reportagem da SIC:

Café Avenida.


HISTÓRIA
Estatisticamente:

• Kms percorridos - 80 km;
• Tempo - 4H40 a pedalar
• Parado - 1h30
  GPS

Façam uma visita de bicicleta ou pé a este trajecto e desfrutem do seu património arquitectonico, natural e paisagístico.