Depois da 1ª etapa da Linha do Corgo, entre Vila Real e a cidade da Régua, no dia 6 de Abril, voltamos à capital de Trás-os-Montes, para completar a travessia de bicicleta pela desactivada linha de comboio.
2ª Etapa - Vila Real - Chaves
13.04.2012
Fizemos a viagem de carro do Porto debaixo de "chuva molha tolos", mas felizmente ao chegar ao destino a chuva parou a tempo do reforço alimentar....desta vez não provamos as deliciosas cristas de galo (doce típico)...
Por volta das 09h45, eu (Vitokorov), o Diogo, o Nuno, o Pedro e o Rui iniciamos a travessia de bicicleta na estação de comboios, percorrendo os primeiros quilómetros (2,5km) da primeira linha estreita a ser construída em Portugal, ainda com os carris e tábuas colocadas.
Em consequência disso a progressão foi muito lenta.
Em consequência disso a progressão foi muito lenta.
Em dois sítios a via estava impedida por dois portões, com passagem por um propriedade privada, que se ultrapassou passando ao lado.
Na estação de Abambres (10h29), uma senhora fez questão de nos alertar para não continuar pela linha e seguir pela estrada....
isto porque o caminho não tinha saída devido às silvas e a uma ponte perigosa.
uuuiiiiii que medo....
isto porque o caminho não tinha saída devido às silvas e a uma ponte perigosa.
uuuiiiiii que medo....
Como é evidente nestas coisas a experiência e teimosia disse-me para seguir em frente e confirmar por nós os obstáculos/perigos.
Uns metros mais à frente a linha desaparece e logo a seguir o estradão
Mas, enquanto foi possível lá fomos em frente....mesmo com a burra à mão, ao longo de um rego de água...
Mas, enquanto foi possível lá fomos em frente....mesmo com a burra à mão, ao longo de um rego de água...
E lá chegamos à ponte assustadora, que afinal não passava de uma pequena obra de arte sobre um riacho...
Mas a sinalização não deixava dúvidas...
Sou cumpridor das regras de segurança, por isso isso se calhar era melhor voltar para trás.
Lol. Claro que não!
Toca a tirar fotos e encontrar uma alternativa...
Sou cumpridor das regras de segurança, por isso isso se calhar era melhor voltar para trás.
Lol. Claro que não!
Toca a tirar fotos e encontrar uma alternativa...
A paragem foi demorada, mas ninguém tinha pressa e objectivo era desfrutar do passeio.
E valeu bem a viagem!
Aqui tivemos de fazer um desvio, porque as silvas do tamanho da Torre dos Clérigos e a construção da auto-estrada não permitiam a passagem.
Assim, entramos num terreno particular, sem vedações, para chegar à estrada, e daí por debaixo da via rápida, para voltar a linha uns metros à frente.
Assim, entramos num terreno particular, sem vedações, para chegar à estrada, e daí por debaixo da via rápida, para voltar a linha uns metros à frente.
Finalmente (11h00/5km) um estradão ciclável, livre de carris e tábuas.
O caminho serpenteava o rio Corgo do lado esquerdo....
Próximo da localidade de Fortunho o caminho segue ao longo da auto-estrada, passando duas vezes por debaixo da A24, sendo perceptível que aqui a construção da via tapou a linha, obrigando assim a sair do antigo traçado da linha do comboio.
Nas ruínas da estação de Fortunho pausa para um "kik-kat"...
Segui-se a ponte sobre o rio Felgueiras, que uns metros mais à frente desagua no rio Corgo.
Ainda seguimos mais um bocado ao longo da A24, até a saída n.º 15 para a N12 e São Tomé do Castelo/Vilarinho de Samardã.
Após este nó de acesso à auto-estrada voltamos a linha do comboio em estradão ciclável e a subir ligeiramente em direcção a Samardã.
Após este nó de acesso à auto-estrada voltamos a linha do comboio em estradão ciclável e a subir ligeiramente em direcção a Samardã.
Nas proximidades das ruínas da estação começamos a ver grandes setas amarelas, pintadas de fresco, a sinalizar o Caminho Português Interior de Santiago de Compostela, com inauguração marcada para o dia 24 de Abril.
Antes (3km) de chegar a Tourecinho, pelas 12h25, fomos surpreendidos com um asfalto recente, com 2metros de largura, colocado em cima da linha.
Aqui é nítido o magnifico vale do Corgo e o seu curso de água
Próxima localidade Tourecinho...
e no local da antiga estação....agora um edifício recuperado e ocupado.
O estradão continuou agora mais largo, ao que parece devido a obras de limpeza, talvez para continuar o trabalho de asfaltar a linha, segundo apurei para criar a ecopista até Espanha.
Devido a chuva dos últimos dias o terreno estava com alguma lama obrigando a um dispêndio suplementar de energia, pelo menos até localidade da Gralheira (12h43 - 25km).
Continuamos, e volvidos 2km chegamos à antiga estação de Zimão.
Não é nenhum parque da cidade, apesar dos campos envolventes, mas ainda cruzamos com atletas, que a correr quase andavam mais que nós de bicicleta.aaahh
A seguir paragem demorada no jardim da estação de Vila Pouca de Aguiar para almoço.
Caminho tranquilo, pelo cimento da ecopista e a descer.
Passagem pelo apeadeiro de Nuzedo (14h05).
Passagem pelo apeadeiro de Nuzedo (14h05).
Paragem na Estação de Pedras Salgadas (14h15), mas nada de comboio.
Seguiu-se uma recta interminável em asfalto, do lado direito da estrada nacional, em direcção à serra.
Em Loivos terminou o cascalho, mas acabamos por seguir em frente, pelo caminho errado, que só nos apercebemos porque se tratava de uma descida acentuada, logo dava para ver que o comboio não seguia por ali.
Apesar de não me agradar andar para trás, desta vez teve de ser.
Apesar de não me agradar andar para trás, desta vez teve de ser.
Na estação (14h50) encontramos o trilho a descer, mas como menos inclinação.
Neste local a linha faz um "U" para vencer a rampa (desnível) entre Loivos e Oura, ou seja o comboio percorria uma distância de cerca três quilómetros e qualquer coisa, para voltar a passar no mesmo local, mas mais abaixo....
Neste local a linha faz um "U" para vencer a rampa (desnível) entre Loivos e Oura, ou seja o comboio percorria uma distância de cerca três quilómetros e qualquer coisa, para voltar a passar no mesmo local, mas mais abaixo....
Antes de Vidago um minúsculo apeadeiro perdido no meio do mato.
Estação de Vidago (15h38 - 53km), fizemos um pequeno desvio para passar frente ao Palace Hotel, onde o Rui gostaria de passar uma noite, mas os preços não são convidativos...
Junto da Igreja Nossa Senhora da Conceição colocaram no paralelo da calçada o desenho de uma linha do comboio.
Antes de sair da localidade fizemos mais uma paragem para um kit-kat no interior do pequeno apeadeiro de Campilho.
Volvidos 3,5km chegamos ao apeadeiro de Vilarinho das Paranheiras, que para variar se encontra encerrado/abandonado, mas que pelas dimensões parece mais uma estação.
Após este edifício saímos do trilho, uma vez que, mais à frente tínhamos de andar com as bikes as costas, devido ao nó de acesso/saída da auto-estrada.
Em vez disso optamos por um curto desvio em direção ao rio Tâmega, por forma a passar por debaixo da via rápida e voltar a linha logo a seguir
Após este edifício saímos do trilho, uma vez que, mais à frente tínhamos de andar com as bikes as costas, devido ao nó de acesso/saída da auto-estrada.
Em vez disso optamos por um curto desvio em direção ao rio Tâmega, por forma a passar por debaixo da via rápida e voltar a linha logo a seguir
Estação de Vila do Tâmega, onde são visíveis vestígios no interior do edifício de ali ter existido um galinheiro...
Depois ainda pensei ir ao banho, mas como já estava molhado da chuva fiquei-me pela foto.
Depois ainda pensei ir ao banho, mas como já estava molhado da chuva fiquei-me pela foto.
Na localidade de Serrinho ou Curralha atravessamos a ponte sobre o Tâmega,
para mais a frente chegarmos a estação do Tâmega, onde se encontra uma automotora e uma carruagem, mas que infelizmente só podemos ver do lado de fora da rede.
Pelo que parece este local foi comprado por um particular a Refer. Pode ser visitado?
Daqui para a frente a solução foi seguir pela estrada nacional, porque já estávamos em Chaves e a linha atravessa ou passa muito próximo de propriedades privadas.
Passagem pela ciclovia junto ao rio, até a famosa ponte romana de Chaves.
O passeio terminou na estação de Chaves, edifício recuperado e ocupado.
Depois de um dia cansativo e debaixo de chuva, nada como um banho de água quente e jantar, que tivemos graças amabilidade da família do Nuno, residente em chaves.
LINKS (Linha do Corgo)
5 comentários:
Espectacular .
Obrigado por partilhar com todos
Obrigado eu pela sua visita e mensagem.
cumprimentos
Vítor Silva
muito fortes que voces são temos de combinar um dia para ir fazer um circuito assim mas teem que ir com calma que eu fico para trás. continuem assim e partilhem connosco
Boa noite
Quem sabe um dia não pedalamos juntos...quanto à pedalada é sempre adequada aos participantes e ao objetivo.
Infelizmente com o facebook e com a falta de tempo não temos partilhado os nosso passeios aqui no blog como o fazíamos.
obrigado pela mensagem.
abraço
boa noite.sr Alexandre gostaria de saber se e difícil o percurso de vila real ate chaves pela linha do comboio e se é semelhante ao da régua vila real ? sera que agora já se pode fazer o percurso todo sem sair muito da (linha ). eu estou agora a começar neste mundo do btt gostava de andar assim por sitio como descreveu através das fotos obrigado e se puder dar dicas agradecia
joao
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