A minha "odisseia" para percorrer ciclovia/ecopistas continua apesar das dificuldades em arranjar companhia...
Estas vias destinam-se a utilizadores de bicicletas, não obstante terem muito erros de construção e quiçá esvaziadas de conteúdo nos moldes em que são construídas.
Porem, não me parecem argumentos suficientes para impedir os que gostam de andar de bike de visitarem estes locais.
Gostar de andar de bicicleta é uma forma de estar na vida, é o prazer de passear de forma livre, não poluente e saudável, de conviver, conhecer novos locais (que de outra seria muito difícil), de superar os nossos limites pessoais, de infindáveis peripécias/historias que ficam a cada viagem/aventura....
Enfim... desta vez o meu companheiro de viagem foi o KIKO, por isso tínhamos de começar frente ao centro de Saúde.
Começamos com um ligeiro reforço alimentar, saboreando alguns bolos regionais.
Primeiras pedaladas pelas 09h30, junto à estação de Amarante, debaixo de temperaturas adequadas a mergulhos, pelo que os andamentos teriam de ser baixos, ou seja adequados a minha qualidade de manco.
Lá fomos cruzando com algumas senhoras na sua caminhada matinal e uma família de ciclistas.
Antes do apeadeiro de Gatão, passamos pelo túnel de Gatão, datado de 1919, com 153metros de comprimento.
Os apeadeiros com um património arquitectónico extraordionário, infelizmente encontram-se abandonados, permitindo ver/imaginar que em tempos idos teriam uma vida intensa com as deslocações das pessoas.
A ciclovia foi aberta ao público em 2010, mas inaugurada em 30 de Abril de 2011, com cerca de 10km de extensão, tem uma largura de 3,50mt e piso amarelo adequado adequado este tipo de vias, com barreiras nos entroncamentos com as estradas, por forma a evitar os acidentes, apesar do movimento de carros e pessoas ser fraco.
Na estação da CHAPA, a única ainda "com vida", falamos por breves instantes com a moradora, que naquele instante se encontrava a regar a sua horta.
Ficamos a saber que residia ali há mais de 50 anos na companhia do seu marido, antigo chefe de estação e após a morte deste a CP, permitiu que continue-se ali a viver.
Manifestou a sua tristeza pelo encerramento da linha do comboio, mas ficou satisfeita com construção da ciclovia, porque voltou a trazer pessoas à freguesia, mesmo que de passagem.
Num vale pronunciado e de paisagem verdejante chegamos à ponte de Santa Natália, construída sobre o pequeno rio da Natália, entre 1922 e 24, em granito e assente sobre três arcos de volta perfeita.
Ficamos a saber que residia ali há mais de 50 anos na companhia do seu marido, antigo chefe de estação e após a morte deste a CP, permitiu que continue-se ali a viver.
Manifestou a sua tristeza pelo encerramento da linha do comboio, mas ficou satisfeita com construção da ciclovia, porque voltou a trazer pessoas à freguesia, mesmo que de passagem.
Cerca de 70% do percurso é atravessado por zona florestal e o restante alguns campos de cultivo e algumas casas.
Chegado ao limite da ciclovia o KiKo, lá terá pensado que íamos continuar por algum estradão de mato, tendo ficado apreensivo assim que verificou que íamos continuar pela linha do comboio, sem saber o que nos esperava, se seria realizável e a lembrar-se das histórias que lhe contaram da travessia da linha do Tua.
Aos poucos e com algumas dificuldades lá fomos progredindo muito lentamente, a castigar o corpo e a bicicleta, em cima do cascalho, dos buracos, criados após retirarem as traves de madeira e das silvas nas bermas.
O calor apertava e os líquidos quentes puxavam a um café/tasco, mas junto apenas um e estava fechado.
Nesta fase do trajecto a espaços a vegetação ia permitindo ver o rio Tâmega.
Nesta fase do trajecto a espaços a vegetação ia permitindo ver o rio Tâmega.
Continuamos a resistir ao cascalho (homem e maquina)
e por volta dos 15km enfrentamos cerca de 300 a 600 metros com muitas silvas e vegetação, que nos fez desmontar para desbravar caminho.
e por volta dos 15km enfrentamos cerca de 300 a 600 metros com muitas silvas e vegetação, que nos fez desmontar para desbravar caminho.
Ainda tentamos uma investida por um estradão em mato, mas rapidamente desistimos, com receio de não encontrar um caminho.
e foi sempre a descer até ao rio Tâmega.
Mas como já sabia a circulação estava proibida por falta de segurança, mas a minha maluqueira ainda me dava esperança de atravessar.
Rapidamente desisti de fazê-lo com a bicicleta, porque o risco de algo correr mal era grande e estava acompanhado de alguém com o juízo todo.
Por isso, lá tivemos de voltar a subir pelo mesmo caminho.
E que subida...
No entanto, devo dizer que, do outro lado do rio existem trilhos até Amarante e que de tempos a tempos alguns malucos atravessam a ponte, como um morador nos disse "quem não têm amor a vida".
Graças a este senhor lá fizemos uma pausa para recuperar as forças da subida e para duas de letra, tendo nos oferecido água fresca ou vinho, que estranhei o kiko não ter aceite o verde da região.
Mas como já sabia a circulação estava proibida por falta de segurança, mas a minha maluqueira ainda me dava esperança de atravessar.
Rapidamente desisti de fazê-lo com a bicicleta, porque o risco de algo correr mal era grande e estava acompanhado de alguém com o juízo todo.
Por isso, lá tivemos de voltar a subir pelo mesmo caminho.
E que subida...
No entanto, devo dizer que, do outro lado do rio existem trilhos até Amarante e que de tempos a tempos alguns malucos atravessam a ponte, como um morador nos disse "quem não têm amor a vida".
Graças a este senhor lá fizemos uma pausa para recuperar as forças da subida e para duas de letra, tendo nos oferecido água fresca ou vinho, que estranhei o kiko não ter aceite o verde da região.
Seguimos para novamente para a estação, onde o Henrique aproveitou a informação de dois moradores para não continuar na linha do comboio e seguir pela estrada. e como tinha receio de chegar tarde para o almoço em Amarante, fomos pela estrada.
Assim, acabamos por não chegar ao centro de Celorico de Basto e regressar pelo monte.
Antes, ainda deu tempo para uma curta paragem num café....
Antes, ainda deu tempo para uma curta paragem num café....
Amarante, por volta das 13h00, almoço e regresso a casa, onde alguns se encontravam na Feira a trabalhar arduamente...lol
Para terminar salientar o entendimento entre a Câmara de Amarante e a Refer, que levou a construção desta via.
Lamentar que esse entendimento não seja possível com outras câmaras, de modo a ciclovia ter continuação.
E já agora porque não a Refer ceder/alugar/vender as estações/apeadeiros abandonados a particulares para residências ou desenvolverem negócios, com a obrigação de manter o aspecto exterior.
2 comentários:
Excelente cronica de uma viagem. Agora parte dela ja se encontra em tou-venant ou seja circulavel :) mas ainda n liga Chapa a Codeçoso ou a Lourido por exemplo.
Atualmente a ecovia está ligada desde a estação de Amarante até à estação do Arco de Baúlhe numa extensão de cerca de 40 km.
Existe apenas um troço com cerca 4km, na zona da chapa que está ainda em terra batida, mas perfeitamente ciclavél. Dizem que é devido à futura barragem que vai ser construída.
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