.
---Ainda mal tínhamos aquecido e os problemas teimavam em continuar: o Litos, que ainda seguia em single-speed, já que não foi possível montar o desviador, quis complicar ainda mais a tarefa, partindo o encaixe da sapatilha, ficando com o pé preso no patim.
.
---Ainda bem que não era TDI, caso contrário, tinha sido fotografado pelo radar da GNR, em excesso de velocidade.No final da longa descida, lá se encontrou um garageiro que montou o desviador na bicla do Litos “Compostela”.
.
---Agora já não seguíamos as tradicionais setas amarelas, mas uma vieira amarela, uma espécie de concha, num azulejo de fundo azul, posicionada de acordo com o sentido da marcha a seguir, colocada em marcos de pedra com a distância quilométrica em falta até à Catedral de Santiago ou, noutros casos, apenas o mesmo azulejo colado em paredes e muros, especialmente nas cidades.
---O tempo apenas deu para o carimbo e para as tradicionais fotos frente à entrada da Catedral e siga para bingo, ou, neste caso, para Pontevedra.
---Os quilómetros seguintes foram percorridos entre estrada e trilho de terra, mas a paisagem natural perdeu um pouco a beleza, comparado com as paisagens do Minho.
.
---Reza a lenda que, neste local, S. Telmo, em peregrinação a Santiago de Compostela, terá ficado enfermo, com febres que o obrigaram a regressar, tendo mesmo falecido pouco tempo depois. Isto só para acrescentar um pouco de história a este relato…
---A próxima localidade foi Porrino, onde passamos sempre a abrir. Só o Jorge, no meio da correria, descobriu o monumento monolítico dedicado ao peregrino, o marco milenário romano da via militar XIX Braga – Astorga e o relógio de sol.
---O grupo ia num ritmo tão alucinante, que nem uma rampa de 300 metros com inclinação acima de 15% os assustou. Era vê-los a “sprintar” rampa acima em direcção ao prémio de montanha. Sem surpresas, o prémio foi para o PRO Luís Armstrong, logo seguido do Vitokourov e do doutor, que também sobe bem, dando a ideia que a vantagem não é da GT, mas dos treinos tri-diários.
---Em Redondela, estivemos à espera que a sesta dos espanhóis terminasse, para abrirem as lojas (tienda) pelas 17h00, para repara uma avaria numa bike e para o Litos comprar uns sapatos. Enquanto alguns esperavam, outros estiveram a encher as ventas de cerveja num tasco onde fomos bem recebidos e servidos numa esplanada debaixo de uma vinha.
---Depois de tanto tempo parados, lá voltou a custar pegar nas “bikes” e foi necessário perguntar pelo caminho, porque a concha estava escondida.
.
---Antes da descida para a localidade de Pontesampayo, que se faz por um estradão de terra batida, era possível ver, a poente, a ria de Vigo e, apesar de ser mais um cenário de fundo magnifico para uma fotografia, já íamos outra vez tão atrasados, que só paramos na ponte (74km-19h30), pelo que… nada de foto!
---Assim que chegamos, lá estavam os nossos amigos Zé Lopes e Mendes à nossa espera na esplanada em frente da pensão, que, por sinal, era muito fraquinha.
---Depois da distribuição dos quartos, do banhinho e do estacionamento das biclas no hall de entrada da pensão (“um quarto fechado e seguro”, segundo a proprietária da pensão!), fomos comer.
---Apesar do adiantado da hora o Gigantones, o Vitokourov, o Litos Compostela e os reformados do apoio foram dar uma pequena volta pela cidade e brindar por mais um dia terminado sem grandes incidentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário