-----No dia 20 de Novembro (quinta-feira), pelas 14h30, o ECOBIKE vai organizar mais um passeio de bicicleta, pela cidade do Porto, desta vez para assinalar a chegada do Outono e o tempo frio, logo após o Dia de São Martinho, oferecendo no final um Magusto Tradicional, onde não faltarão as castanhas assadas e a água pé.
-----Para mais informações contacte-nos.
História de São Martinho:
Num dia tempestuoso ia São Martinho, soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante.
S. Martinho parou o cavalo e com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.
E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade.
Subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol invadiu a terra de luz e calor.
Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a bênção dum sol quente e miraculoso.
" É o chamado Verão de São Martinho!
Água pé - é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha.
Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool.
Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho".
-----É um comboio regional de cor vermelha, com apenas uma carruagem, apelidado de Vouguinha", que actualmente faz a ligação de Espinho a Aveiro, atravessando os concelhos de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda.
. ------------História -----A Linha do Vouga foi inaugurada a 23 de Novembro de 1908 por D. Manuel II, correspondendo ao compromisso assumido pelo pai, o rei D. Carlos, assassinado em 1 de Fevereiro desse ano. -----O primeiro troço ligava Espinho a Oliveira de Azeméis em via estreita. Posteriormente, continuaram a construção da linha até Viseu e daí para Santa Comba Dão onde ligava à Linha da Beira Alta (linha internacional, que liga o porto da Figueira da Foz à fronteira com Espanha, em Vilar Formoso).
-----Em 1990 foi encerrado o ramal entre Sernada do Vouga e Viseu.
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-----Pelas 09h26, apanhamos o comboio na estação Espinho - Vouga (que fica a cerca de 800 metros da estação da CP de Espinho), que se encontra encerrada, sendo os bilhetes comprados ao revisor no interior da carruagem.
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-----Facilmente se percebe o porquê do comboio só funcionar apenas duas vezes por dia, uma pela manhã e outra pela tarde, pois apenas seguiam viagem quatro passageiros.
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-----Por se tratar de um comboio regional com paragens em todas as estações e apeadeiros, num total de 26, a viagem tem a duração de 2h10.
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-----Para tornar este comboio mais lento, em Oliveira de Azeméis, entra no comboio um funcionário da Refer, o manobrador, que veste de verde e tem como missão abrir e fechar cancelas das passagens de nível sem guarda. Ou seja, o comboio pára e o manobrador sai, com a manivela na mão, para fechar a cancela. O comboio arranca e pára novamente, à espera que a cancela seja aberta e o manobrador entre. Este é um processo que apenas se efectua entre a localidade acima mencionada e Sernada do Vouga.
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-----Ao longo das estações foram poucos os clientes que entraram no Vouguinha, a excepção na localidade de Santa Maria da Feira, onde a carruagem encheu de passageiros da Universidade Sénior, que iam em passeio organizado pela Câmara daquela localidade até ao fim da linha, onde os esperava um piquenique e regresso de camioneta.
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-----Desta forma, o passeio passou a ter um ambiente mais familiar, com as conversas e risadas dos "seniores" e as perguntas que nos iam fazendo acerca da viagem e do nosso passeio de bicicleta.
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-----Com o aproximar de Sernada do Vouga, a paisagem foi mudando de urbana para o eucaliptal da Serra da Gralheira.
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-----Finalmente lá chegamos ao destino, já mortinhos por começar a movimentar as pernas.
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-----Na estação que em tempos já teve outra importância, encontram-se ainda dois comboios, abandonados à espera do abate (julgo eu), todos pintados de grafites.
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-----Depois das fotos da praxe e de dois dedos de conversa com o maquinista, foi hora de começar a pedalar.
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-----De salientar que das 3 viagens que fizemos este ano de comboio encontramos sempre funcionários simpáticos e interessados pela modalidade, pelo que não é de estranhar que alguns funcionários da CP tenham formado um grupo para praticar btt.
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-----Uns metros depois da estação e já percorríamos um trilho em terra, sem qualquer dificuldade técnica, nem desníveis, que seguia ao longo do rio Vouga.
-----A seguir saímos para o asfalto para entrar na cidade de Albergaria-a-velha, onde percorremos algumas centenas de metros, até encontrar o caminho que nos fazia sair da cidade e entrar no mato.
-----Este trilho devia pertencer a algum passeio ou maratona ali efectuado, pela quantidade de setas amarelas marcadas no pavimento.
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-----Com o desenrolar dos quilómetros a minha bike foi dando sinais que não se encontrava bem de "saúde", já não era só o facto das velocidades estarem todas desafinadas, havia ali mais qualquer coisa...
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-----Por isso aos 16km abandonamos o trilho e a terra batida, para voltar à estrada, em direcção a Angeja.
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------Assim, que entramos na localidade, numa pequena subida a minha maquina foi-se e simultaneamente o pneu de trás da bicla do Marito furou (20km).
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-----Rapidamente trocamos a câmara, enquanto avaria na minha bike que parecia mais complicada não dava reparar, porque não tínhamos ferramenta para apertar uma pedaleira.
-----Como as pedaleiras se encontravam ao mesmo nível a alternativa era apanhar o comboio em Cacia e regressar a Espinho ou tentar encontrar uma loja de bicicletas e verificar se havia solução para o problema.
-----Mas até lá só podia pedalar com uma perna e contar com ajuda do Mário para me empurrar.
-----Foram apenas 6km até encontrar uma loja aberta e para minha sorte apenas os parafusos da pedaleira se encontravam desapertados.
-----Como já eram 15h00 fomos almoçar, seguindo a indicação do sr. Jorge, o garajeiro que reparou a bicla.
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-----Daqui seguimos pelas margens do rio Vouga, que corre paralelamente à fabrica da Portucel, conhecida mundialmente pelo cheiro nauseabundo que liberta.
-----Aos 43km chegamos a estrada nacional 109, acabando dessa forma o prazer de pedalar longo dos carros e do inevitável barulho.
. -----O pior aconteceu depois de Estarreja, quando seguimos em direcção as praias e levamos com um vento forte de frente, que tornou estes quilómetros insuportáveis, especialmente em S. Jacinto.
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-----Foi necessário uma breve paragem para uma bebida refrescante e descansar o corpo e mente da agressividade do vento.
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-----O problema só desapareceu com entrada em Cortegaça e passagem pela mata, mas complicou-se com o anoitecer e nos sem luzes.
-----A ideia deste passeio, encontro, raid, chame-se o que se quiser, nasceu em Julho. . -----O facto de ser proveniente de família de tasqueiros e cozinheiras e de ter passado os primeiros anos da minha existência, no meio de barris, pipas, petiscos, borrachões, cromos, brigas, intrigas, maldizeres e outras figuras ligadas às tascas, é com saudade que assisto ao desaparecimento (se calhar natural) dos ex-libris da cidade. . -----Aliando-se também, à vontade de se fazer algo que não magoasse as pernas dos nossos betetistas – diga-se de passagem que os últimos têm-nos levado a níveis sobrehumanos - e que, de certa forma elevasse a moral e camaradagem dos artistas, fez com que este projecto vingasse. -Não interessa a bicicleta e o percurso, mas sim onde e o quê!!!! (tascas, obviamente). . -----Os meses foram-se passando (muito da culpa é minha, por tal peço mil desculpas), até que um belo dia (com sol de Inverno) o meu amigo Vitokourov, relembra-me da cruzada a que me havia comprometido. . -----Arregaçadas as mangas, o esquiço deste magnânime evento foi feito por três mentes iluminadas (pela minha, claro, pela do Vitokourov e pela do Calvonite), numa manhã dedicada ao tratamento do corpo e alma, num local centenário, Palácio Cristal, com vista celestial para o Douro. . -----Como tudo começa pelo início, este evento não foi diferente, dar nome a tal passeio?????? Digo-vos meus amigos, tarefa Herculiana!!!!! Nunca nos anais da história, a designação foi tão debatida, rebatida, contra-rebatida…e etc e ta!!! . -----Ao fim de um bom par de horas, e pesquisa intensa na net…fez-se luz!!!! . -----“MEETING SANTA BEBIANA”. Liiiiiiiiiiinnnnnnnnndooooo!!! . -----De seguida o Vitokourov (e é nisto que ele é bom), querendo sempre mais e mais, deu a ideia do cartaz…mãos à obra…contactos com as altas instâncias…material reunido…local encontrado….zás…cartaz em grande. - -----Já na fase de escolha do percurso, quisemos que o meeting fosse mais abrangente - e porque não dizer educativo para os comensais – decidimos para além dos monumentos do vinho e dos petiscos, valia a pena juntar também ao roteiro a passagem por monumentos e edifícios que de alguma forma dão corpo e alma a esta antiga, mui nobre e sempre leal invicta cidade do Porto. - -----Por último…a data… 25.10.2008. - -----E assim estava concluído o projecto!!! - -----No dia marcado, à hora do cantar do galo…10H30 (mais cedo o vinho dá azia), e depois de algumas desistências de última hora, os comensais reuniram-se na Praça Mouzinho de Albuquerque, a listar:
-Litos Compostela, -Vitorkurov, -Calvonite, -Marito, -JP Leite, -Tigrão, -Costinha, -Paulo, -Gigantones (ainda lesionado e após fugir da mulher), -Brasileiro, Cruz Pereira, acompanhado da sua filhota e o -Raul. - -----Após as fotos de grupo lá se deu início ao evento das nossas vidas (11h00). -
-----Seguimos em direcção aos caminhos do Romântico, com primeira paragem, local onde a obra prima nasceu…Palácio de Cristal, passando de seguida pela Cadeia da Relação, Torre dos Clérigos, Catedral da Sé e a sua Casa dos Doze, Muralha Fernandina…por aí fora, a ao fim de 50 minutos, na Praça dos Poveiros, chegamos ao nosso primeiro monumento digno de registo “O BURAQUINHO”.
-----Rojões, tripa enfarinhada, orelheira, chouriço, azeitonas, pão e vinho branco fresquinho. Um verdadeiro pitéu!!!! . -----Já com a barriguinha bem composta, seguimos viagem com mente no próximo monumento, ehehehehe!!! . -----Um trajecto bem curtinho pelas bandas de Campanhã...já que não se podia estragar o que havia sido devorado…chegamos à TABERNA DO FERRADOR, na Rua do Freixo. Aqui a merenda incluiu presunto, rissóis, azeitonas e vinho, tá claro!!! . -----Daqui até ao Rio Douro foi um “tirinho”, que foi sempre a descer… . -----À sombra do Palácio do Freixo, o Costinha, sempre bem disposto e de mãos largas, ofereceu a sua tasca particular aos comensais…é só 200 metros, alguém disse. Só se esqueceram de dizer que entre o Rio e a Tasca havia uma subida de dificuldade 5…. . -----À chegada, verificou-se logo que aquela tasca ia ser especial, basta ver as fotos…
. -----A saída desta tasca foi difícil para alguns………. . -----De novo junto ao leito do Rio, a caravana avançava divertida em ritmo de passeio (se calhar foi a aragem do rio que fez bem a muita gente para retemperar forças!!!) até à Ribeira do Porto, onde há a reportar um bikejacking!!! A super, hiper, mega máquina do Tigrão foi roubada, uma vergonha!!!! Se bebesse menos vinho é que fazias bem!!!!!
-----Por “ruelas sujas e gastas” chegamos ao próximo posto de abastecimento…ESCONDIDINHO DO BARREDO. . -----Iscas de bacalhau, após ter sido pescado na altura, vinho branco fresco, e a companhia da Sra. Turíbia, preencheram uns minutos ganhos na nossa vida.
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-----Pé à estrada…desculpem…rodas à estrada, dirigimo-nos à Foz do Porto, sempre com o Rio Douro como guia, com passagem pelas vielas de Miragaia. Mais uma vez o Tigrão quis dar nas vistas e mandou-se para o soalho!! E logo com mirones!!! Bebe água. . -----Destino, Parque da Cidade, só para matar o bichinho do monte.
-----Nesta altura, e depois de alguns quilómetros, já era evidente o desespero por outro monumento!! Pedalada rápida, até ao FIRMINO, onde a ramada nos esperava.
-----Super Bock e mais Super Bock, pois a sede era muita (fruto dos petiscos anteriores). . -----Tenho que escrever meus amigos, aqui alguns comensais estragaram a cerveja com gasosa!!!! Mas compreendia-se! o vinho já estava a fazer estragos. - -----Só faltava uma última paragem, a derradeira… DRAGÂO!!! Onde os petiscos e o comensal Raul, que tem uma alergia à bicicleta, já nos aguardavam. . -----A chegada foi triunfal, com policiamento e tudo!!! - -----Reunidas as tropas à mesa, foi “um ver se te avias”, nada sobrou…polvo frito, moelas, rojões, bolinhos de bacalhau, rissois, presunto, azeitonas e VINHO. - -----No final e de forma a perdurar na memória dos amigos, foram sorteados umas pequenas lembranças… e os nomeados foram: Calvonite, Gigantones, Marito e Raul. . -----Meus amigos, escrevo com saudades pois a vontade de participar no próximo já é muita. . -----Obrigado aos participantes!!! E VIVAM AS TASCAS!!!!!!
Prémios: -Calinada = Costinha - berlogue e trigão -Bebe água = Tigrão -Não tá facil = Calgonite -Sentinela do ano = J.P. -7-up = Paulo -Guronsan = Costinha